Um ambiente totalmente adaptado e livre de contaminação para não afetar os óvulos, espermatozoides e embriões é fundamental para o sucesso do tratamento de fertilidade. A pesquisa realizada por pesquisadores do grupo IVI, identificou os níveis de contaminantes que podem ser suportados pelos embriões humanos no laboratório de embriologia e como sua influência pode afetar gravemente as chances de gravidez dos pacientes.
Quando se fala em tratamento de reprodução humana, especialmente de fertilização in vitro (FIV), onde a fecundação do óvulo acontece no laboratório, muitos estão preocupados em identificar um ótimo médico especialista, porém nem sempre a mesma atenção é dada com relação à qualidade do laboratório de embriologia da clínica de reprodução humana onde o tratamento será realizado.
Conhecer a estrutura da clínica e laboratório de reprodução humana deve ser uma preocupação tão importante quanto a experiência do médico que acompanha os pacientes no caminho em direção a realização do sonho de ter filhos, já que uma parte fundamental do tratamento de fertilidade está nas mãos do embriologista e da tecnologia disponível na clínica.
Pela primeira vez foram analisados em uma pesquisa científica os níveis de concentração máxima de substâncias contaminantes toleradas por um embrião humano. Até agora, este tipo de pesquisa tinha sido realizada apenas com outros mamíferos.
As substâncias selecionadas para serem analisadas na pesquisa foram o benzeno (presente na fumaça do cigarro, emissões industriais, automóveis e, dentro de um laboratório poderia estar presente em algumas colas, plásticos ou móveis) e limoneno (presente em detergentes, perfumes, desodorantes, cremes, maquiagem e etc.).
Os resultados do estudo identificaram que o limoneno tem uma maior incidência no desenvolvimento embrionário. Já o benzeno, pode conduzir a alterações genéticas no embrião e provocar anomalias que podem levar a falhas de implantação e abortos espontâneos após a transferência do embrião no útero materno.
Nos laboratórios das clínicas do grupo IVI, os níveis dessas substâncias estão muito abaixo dos que poderiam afetar a qualidade dos embriões, mas para ter certeza era preciso primeiro identificar qual era o limite para a qualidade do ambiente de laboratório. Até hoje não se conhecia esta informação, algo que finalmente comprovamos e nos permite ter ainda mais segurança na hora de manter nossos laboratórios ao redor do mundo.
Como controlamos a qualidade do ar no laboratório FIV?
Para controlar a concentração de substâncias contaminantes, utilizamos filtros e pressões positivas no ar que circula no laboratório de embriologia. Tecnologia de última geração é um investimento constante e necessário para garantir o sucesso dos tratamentos de reprodução humana que realizamos.
O sistema de ar que circula no laboratório de embriologia é totalmente independente do resto de ar que circula na própria clínica, além disso, para entrar no laboratório, é preciso passar por salas intermediárias que garantem a separação do ar exterior do ambiente do laboratório.
Com relação à equipe e pessoas que frequentam o laboratório FIV, quem lida diariamente com embriões, óvulos e esperma não utiliza perfumes e maquiagem, para prevenir o risco de contaminação.
Qual é o risco das substâncias contaminantes para a fertilidade?
A poluição ambiental contém muitas substâncias prejudiciais para a saúde geral e fertilidade. Pode produzir uma redução da qualidade dos óvulos e inclusive aumentar as taxas de aborto.
No caso dos homens, os contaminantes que produzem um maior impacto são aqueles com compostos hormonais presentes em alimentos como frango e carne, além da exposição a pesticidas.
Hoje em dia é muito difícil estar livre das muitas substâncias tóxicas para a nossa saúde. Por isso, manter hábitos saudáveis e fazer periodicamente revisões da saúde, incluindo a fertilidade, é a melhor forma de prevenir que os contaminantes interfiram no sonho de ter filhos.
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