Contar que fez ou está fazendo tratamento de reprodução humana é uma questão difícil e costuma gerar muitas dúvidas com relação ao que as pessoas vão pensar e quantas perguntas incômodas farão se souberem sobre o tratamento de infertilidade realizado. Outra preocupação está na hora de decidir se contar e como contar aos filhos que nasceram com ajuda de técnicas de reprodução humana assistida. Veja aqui a opinião de nossos especialistas no campo da psicologia sobre questões básicas com relação a contar aos filhos sobre sua origem:
É importante contar às crianças que seus pais fizeram tratamento de infertilidade?
Sim. O número de bebês que nascem através de tratamentos de reprodução humana tem aumentado em todo o mundo, na Europa já representa 3% dos nascimentos do continente, por isso é importante que socialmente esta realidade deixe de ser um tabu e a infertilidade do casal não seja motivo de vergonha ou culpa. Para tanto é necessário que os pacientes compartilhem em seu entorno sua situação e que quando tenham seus filhos, também expliquem para eles de que forma vieram ao mundo. Mas antes de mais nada, o casal deve sentir-se a vontade para compartilhar sua história. O ideal seria que inclusive nas escolas este assunto fosse abordado.
Em que idade a criança está preparada para entender a explicação sobre sua origem?
A pesar de que entre os 3 e 4 anos as crianças já indagam questões como “de onde venho?”, a resposta deve ser simplificada. É suficiente uma explicação afetiva típica: “Você nasceu porque te amamos muito e queríamos muito que você chegasse”. A esta idade as crianças não estão preparadas para assimilar outras questões mais complexas e suas perguntas são mais concretas (como estava na barriga, como me mexia, como foi o dia do nascimento, etc.).
Com 6 ou 7 anos uma criança já pode entender um pouco melhor uma explicação menos simples e fisiológica como é a definição da fecundação, onde para nascer um bebê é necessário um óvulo e espermatozoide. Nesta idade a criança estará mais interessada em detalhes e, então, poderia ser mencionada inclusive a figura do médico ou de doadores (se existirem).
E você? Contou ou pretende contar aos seus filhos que eles nasceram com ajuda de tratamento de reprodução humana? Dê sua opinião escrevendo um comentário.