e tornar mãe é um desejo de muitas mulheres. Tanto para as solteiras quanto para aquelas que estão em uma relação estável. E a gravidez independente é a forma que as mulheres solteiras têm para engravidar. Mas como engravidar sozinha?
Esse processo é possível graças ao avanço da medicina e das técnicas de reprodução assistida. Com a evolução da ciência, mulheres que não possuem parceiros, podem realizar o sonho de ter filhos a partir de uma gravidez independente.
A jornada rumo à maternidade pode não ser tão simples para a mulher que deseja ser mãe solo e engravidar sem um parceiro. A sociedade já evoluiu muito, e as mulheres estão cada vez mais independentes. Porém, ainda existem muitos preconceitos e barreiras para quem deseja uma gravidez independente.
A procura vem aumentando desde 2013. A partir deste ano, o Conselho Federal de Medicina (CFM) permitiu o uso das técnicas de reprodução assistida para pessoas solteiras.
“A gravidez independente pode ser um desafio, mas também pode ser uma grande e gratificante experiência. Hoje, já existem métodos voltados especialmente para essa mulher que deseja ser mãe, sem um parceiro. E a medicina reprodutiva é a grande aliada dessa mulher”, explica a médica do IVI Salvador, Dra. Isa Rocha.
Como engravidar sozinha?
A gravidez independente ocorre quando mulheres solteiras escolhem engravidar sem a necessidade de um parceiro. O que só é possível, graças ao avanço das técnicas de reprodução assistida. Muitas mulheres, entretanto, seguem se perguntando como engravidar sozinha? Vamos explicar o passo a passo aqui.
A mulher que deseja engravidar sozinha vai precisar de um banco de sêmen. De acordo com o CFM, no Brasil não é permitido que se revele a identidade do doador. Assim como, não é permitido que o doador saiba quem recebeu seus gametas.
A futura mamãe pode escolher algumas características do doador, como cor dos olhos, cor dos cabelos, tipo sanguíneo e origem étnica.
Outro ponto importante, é que o acompanhamento da gravidez começa bem antes de ela acontecer. Atualmente, a reprodução assistida oferece diferentes alternativas para a mulher que deseja engravidar sozinha.
O ponto comum entre eles, é que vai ser necessário recorrer à doação de espermatozoides. Depois, é saber qual a técnica com mais chances de sucesso. O médico especialista na área vai fazer uma investigação para decidir o tratamento com maior chance de sucesso.
A gravidez independente e a Fertilização in Vitro (FIV)
A fertilização in vitro é uma técnica de reprodução assistida com maior taxa de sucesso. Criada nos anos 70, a FIV surgiu para ajudar casais com problemas de infertilidade.
A fertilização acontece por meio da doação de espermatozoides e/ou óvulos. Nessa técnica, a fertilização, que é o encontro do óvulo com o espermatozoide, para a formação de um embrião, ocorre em laboratório. Após a fertilização bem-sucedida, transfere-se o embrião para o útero da futura mãe.
É importante lembrar que qualquer tratamento depende de uma série de fatores que devem ser avaliados individualmente. A FIV, assim como todas as outras técnicas de reprodução assistida, deve ser realizada em uma clínica especializada em reprodução humana.
A gravidez independente através da Inseminação Artificial (IA)
Na inseminação artificial, ou inseminação intrauterina, técnica de baixa complexidade, a mulher também passa por estimulação ovariana. Dessa forma, ocorre a estimulação dos ovócitos da mulher com o uso de medicamentos. O desenvolvimento dos folículos ovarianos é acompanhado pelo especialista em reprodução assistida através de ultrassom.
No período da ovulação, espaço de tempo em que a mulher tem mais chances de engravidar, é realizado um procedimento. É injetado o sêmen, previamente preparado em laboratório, dentro do útero da mulher. Isso facilita o acesso e encurta o caminho que os espermatozoides devem percorrer.
Deve-se realizar teste de gravidez 14 dias depois. A taxa de nascidos vivos, após a inseminação, é de aproximadamente 19,8% para mulheres de 18 a 40 anos. Por isso, vale ressaltar que a idade da mulher, a reserva ovariana adequada e a presença de tubas uterinas normais são fatores importantes na indicação desse tratamento.
Apesar de ser de baixa complexidade, quando comparado com a FIV, esse tratamento segue algumas recomendações. A mulher deve ter menos de 35 anos e ter pelo menos uma das trompas com bom funcionamento.
Ovodoação e a gravidez independente
Como o nome sugere a ovodoação é uma técnica de doação de óvulos. Muito relevante no contexto da reprodução assistida, ela é extremamente segura.
Indica-se para mulheres que desejam uma gravidez independente, mas já não têm óvulos. Seja devido à idade avançada, ou por uma menopausa precoce. Ou ainda, por ter passado por cirurgia prévia para retirada dos ovários, e ter feito quimioterapia ou radioterapia, por exemplo.
A mulher deve realizar a FIV, para que o embrião gerado a partir do sêmen e do óvulo doado, seja implantado em seu útero.
Como aumentar as chances de gravidez em uma produção independente?
O processo de “engravidar sozinha” vai além das técnicas de reprodução assistida.
Por ser um tratamento que envolve diferentes fatores, como aspectos físicos, biológicos e emocionais, não existe uma receita de sucesso que se aplica a todos os casos. Mas existem algumas indicações que podem aumentar as chances de uma gravidez independente.
Um dos mais importantes é o fator idade. Independente da técnica utilizada, mulheres com menos de 35 anos têm maiores chances de engravidar. Comportamentos saudáveis ajudam a melhorar a qualidade de vida e o funcionamento do organismo, o que também influencia na fertilidade. Evite álcool e cigarro, tenha uma alimentação equilibrada e pratique exercícios físicos.
Siga às orientações médicas e utilize corretamente os medicamentos. Além disso, procure o tratamento com bons profissionais. Isso faz toda a diferença.
É muito importante também ter uma atenção ao emocional, antes e durante o tratamento. Estresse ou ansiedade excessiva podem interferir em todo o processo. Por essa razão, o apoio da família e o auxílio de uma psicóloga, certamente irão ajudar na jornada que está por vir.
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