Ter filhos geneticamente próprios quando o casal já não pode contar com seus próprios espermatozoides e óvulos está a caminho de ser realidade. Este grande passo significa um dia não ter que acudir à doação de óvulos ou sêmen para realizar o sonho de ter filhos. Um avanço que ainda está por vir, mas que depois de cinco anos de pesquisa dos especialistas do IVI, dá seus primeiros resultados.
No estudo publicado pela revista científica Scientific Reports do conceituado grupo Nature, os pesquisadores apresentam como conseguiram identificar marcadores compatíveis com as células germinais (óvulos e espermatozoides) a partir de células da pele utilizando um processo de estimulação com um coquetel de genes específicos. A pesquisa foi desenvolvida pela Fundação IVI em colaboração com a Universidade de Standford.
Este estudo é primeiro passo para um objetivo superior: conseguir que uma pessoa que não pode produzir seus próprios gametas, possa obtê-los a partir células da sua própria pele. “Este é um projeto de longo prazo, pois estamos falando de gametas humanos, portanto a investigação deve ser rigorosa e tomar todas as precauções possíveis” comenta Dra. Genevieve Coelho, diretora médica do IVI Salvador. O estudo foi inspirado no princípio da reprogramação celular, conceito que deu o prêmio Nobel de Medicina em 2012 para Shinya Yamanaka.
Apesar de estarmos nos primeiros passos em humanos nesse projeto, sua aplicação em camundongos já revelou resultados positivos. “O que queremos conseguir manipular as células da pele geneticamente para conseguir que uma pessoa que não tem espermatozoides ou óvulos próprios, possa obtê-los para ter filhos geneticamente próprios”, explica Dra. Genevieve.
Enquanto os gametas in vitro são assunto para o futuro, casais que por fator masculino ou feminino não podem contar com espermatozoides e óvulos próprios, podem recorrer ao tratamento com gametas doados para realizar o sonho de ter filhos. Se quiser saber mais, entre em contato com a gente!
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