O projeto do IVI que pesquisa como melhorar a seleção de embriões recebeu o prêmio GFI (Grant for Fertility Innovation) foi entregue durante o 30º Congresso Europeu de Reprodução Humana e Embriologia (ESHRE). Com este prêmio, o IVI recebe uma aportação de 300.000 € (aproximadamente R$ 900.000,00) para a investigação científica.
O título do projeto premiado é: A clinical study investigating and validating the use of Oxidative stress as a biomarker for embryo viability in human IVF and its use as an additional marker to the existing morphokinetic algorithms provided by time-lapse, e seu objetivo é avaliar de forma rápida, não invasiva e precisa a viabilidade do embrião e identificar aqueles com maior potencial reprodutivo.
“Os próximos passos no desenvolvimento da pesquisa é realizar um estudo combinado dos marcadores proporcionados pelo TCL Analyzer – dispositivo que mede o estresse oxidativo existente no meio de cultivo dos embriões- e o Embryoscope. Esperamos que esta sinergia melhore em 15% a taxa de gravidez em Fertilização in Vitro convencional” explica o Dr. Marcos Meseguer, embriologista do IVI Valência e investigador principal do projeto.
“Com o tempo esta técnica também pode contribuir com a redução de nascimentos múltiplos, que atualmente costuma ser de gêmeos” afirma Alexandros Aggelis, diretor do laboratório FIV do IVI São Paulo.
O que é estresse oxidativo?
O estresse oxidativo é uma consequência da presença de radicais livres, gerados pelo próprio metabolismo do embrião e por ação de determinadas ondas presentes nas frequencias de luz visível. “Estes radicais livres danificam o DNA embrionário, sendo inclusive fonte de possíveis mutações, o que tentamos evitar agregando antioxidantes nos meios de cultura” explica Alexandros.
Sobre o Grant for Fertility Innovation (GFI)
O GFI é um prêmio concedido pela farmacêutica Merck Serono para contribuir e reconhecer as melhores iniciativas científicas a nível mundial. A entrega anual do GFI já é uma tradição e acontece durante o Congresso Europeu de Reprodução Humana ESHRE, siglas em inglês de European Society of Human Reproduction and Embryology.
Este ano foram apresentados aproximadamente 150 projetos, originais de 45 países, dos quais 5 foram selecionados para receber o prêmio, entre eles está a pesquisa do IVI. Não é a primeira vez que o IVI recebe o prêmio GFI, também recebeu o ano passado, na edição 2013 por uma investigação sobre o intercâmbio genético entre mãe e embrião e em 2010.