O sonho de ser mãe é algo indescritível. O significado da palavra mãe no dicionário é: mulher que deu a luz, que cria ou criou um ou mais filhos. Mas, o que é ser mãe? O que significa ter um filho? Muitas mulheres trazem consigo o sonho de ser mãe. E cada uma delas traz um significado diferente para esse desejo.
Quando uma mulher decide se tornar mãe e gerar uma criança, ela inicia uma jornada. E com a proximidade do Dia das Mães, quem ainda não realizou esse sonho, espera que ele esteja próximo.
Para muitas mulheres, o sonho de ser mãe faz parte de um projeto de vida. O desejo de ter um filho está relacionado a ampliar a família e dar continuidade às suas gerações. Além disso, existe também a vontade de ter alguém para cuidar, para dar carinho, dividir, ensinar, aprender, trocar e amar.
Sentir seu corpo se transformando, ver a barriga crescer e sentir o bebê mexer faz parte do sonho. Depois que nasce poder ouvir o choro do bebê, ver os brinquedos espalhados pela casa, ouvir os barulhos de criança correndo ou gritando. E se porventura isso tudo não existir, parece estar faltando algo.
Planejando ser mãe
“Hoje em dia é possível planejar a maternidade. Como é uma etapa muito importante da vida, ela deve ser planejada e avaliada emocional e racionalmente pela futura mãe, de forma a se encaixar na sua realidade. Afinal, mesmo que seja uma fonte de muitas alegrias, um filho exigem muita responsabilidade e dedicação”, comenta a Dra. Genevieve Coelho, Diretora Médica do IVI Salvador.
Um novo caminho frente ao sonho de ser mãe
As mudanças de comportamento da sociedade e da mulher; e as novas tecnologias caminham alinhadas no sentido de permitir que essa mulher possa realizar seu sonho de ser mãe.
Para pacientes jovens, que estão com a cabeça focada nos estudos e na carreira, o médico precisa sensibiliza-las sobre pensar a longo prazo e planejar uma possível futura gravidez, caso desejem ser mães um dia. Cuidar da saúde, cultivar hábitos saudáveis para evitar alterações de pressão, colesterol e não fumar são recomendações que valem para todas.
Mas outra providência importante para quem deseja postergar a gravidez é o congelamento de óvulos. E garantir sua qualidade e reserva quando for utiliza-los no futuro. Assim, quando a mulher definir que chegou o momento, pode ter opções para que o sonho de ser mãe se torne realidade.
Outro ponto de suma importância é que muitas pessoas não se dão conta da exigência emocional que uma gestação e um filho recém-nascido podem trazer à vida. Muitos aspectos da rotina serão modificados com a chegada de uma criança. Então, estar bem preparado emocionalmente também entra no pacote das providencias antes de engravidar.
Quando esse sonho encontra barreiras
O sonho de ser mãe surge do fundo da alma de uma mulher. Mas nem sempre os planos se realizam da maneira que a gente espera. Assim, mesmo que a maternidade esteja dentro do coração da mulher, o sonho pode demorar um pouquinho mais para se tornar realidade.
A mulher decide que chegou a hora de ter um bebê, deixa de utilizar o método contraceptivo de sua escolha e aí as tentativas começam. Se passam 2, 6, 10 meses e nada! Normal? Talvez… Até um ano de tentativas é considerado dentro do prazo para normalidade, se a mulher tiver menos de 35 anos. Se tiver mais que isso, só deve aguardar 6 meses para investigar.
Porém, um ano se passou e nada de gravidez. Engravidar significa muito para algumas mulheres, e a cada ciclo que a menstruação aparece é um sentimento de destruição e devastação para as tentantes. O que fazer?
“O ideal quando se quer engravidar, é fazer exames de rotina, mesmo que não tenha tanto tempo de tentativas para engravidar. É também aconselhável já preparar o corpo com suplementos vitamínicos. Algumas vezes pequenos desequilíbrios hormonais podem ser a diferença entre um positivo e um negativo”, acrescenta a especialista.
Se mesmo assim a mulher não conseguir engravidar é preciso investigar. A maioria dos casos apresenta um diagnóstico que existe resolução.
O sonho de ser mãe e a Reprodução Assistida
Mesmo que os exames estejam bem, mas a gravidez não veio ainda, vale uma consulta com um especialista em reprodução humana para avaliação. Existem exames mais específicos para chegar a um diagnóstico preciso.
Porém, durante este processo, surgem os sentimentos de ansiedade, medo, angústia, raiva, frustrações e fantasias em relação ao filho biológico. Mas vale se atentar, porque ansiedade e gravidez são coisas que não combinam! Manter a calma e serenidade é fundamental.
A situação requer muita coragem; pois a dificuldade de engravidar gera bastante desgaste emocional. Existem muitas opções de tratamentos e o especialista vai indicar qual é melhor para alcançar a gestação.
Os tratamentos de reprodução assistida
A Inseminação Artificial (IA) é um dos tratamentos para engravidar. É um procedimento de baixa complexidade e costuma ser indicado quando a mulher apresenta alterações na ovulação. Ou, quando o ambiente uterino se mostra hostil ao espermatozoide, sendo que a técnica visa encurtar o caminho percorrido pelo mesmo até o óvulo.
“A técnica consiste em estimular a ovulação da mulher e no dia da ovulação, inserir o sêmen processado na cavidade uterina com o auxílio de uma cânula. Esse tratamento é muito utilizado por mulheres em produção independente (sem parceiro) ou por casais de mulheres, por exemplo.”, explica a Dra Genevieve.
Outra técnica que pode ser utilizada é a Fertilização in Vitro (FIV). Esse já é um tipo de tratamento de alta complexidade, pois é realizado em laboratório. A mulher também passa por um processo de estimulação ovariana com doses de medicação.
Depois, o médico especialista em reprodução humana coleta os óvulos que serão analisados em ambiente laboratorial. Depois de analisado e fecundado, aguarda-se o desenvolvimento do embrião e este é transferido para o útero da mulher. Após 12 dias realiza-se o teste de gravidez.
Existe ainda a Ovodoação, que é o tratamento mais indicado quando a mulher não possui quantidade ou qualidade de óvulos suficiente para engravidar.
O procedimento é de forma completamente sigilosa e anônima e apenas a clínica de doação de óvulos responsável pelo tratamento terá conhecimento da identidade da doadora e da receptora.
E se mesmo assim não alcançar a gestação?
Em último caso, pode-se recorrer ainda ao Útero de Substituição. É um tratamento em que outra mulher “cede” seu útero temporariamente para gestar o filho da futura mamãe. O tratamento é uma FIV com o óvulo e o espermatozoide do casal. E, após formar o embrião, se transferi para o útero de substituição.
A doadora do útero deve obrigatoriamente passar por um acompanhamento psicológico para avaliar seu entendimento em relação à gestação, bem como sua saúde emocional para o processo. Isso é necessário porque a mulher que cedeu o útero não tem qualquer direito sobre a criança gerada, por mais que a gestação ocorra em seu ventre.
Comentários estão fechados.