O avanço da ciência nas áreas de genética e reprodução humana fascinam qualquer pessoa. Especialmente quando é possível reprogramar uma célula da pele a gerar partes de outros tecidos do corpo, como atualmente tem sido desenvolvido em laboratório. Conseguir reprogramar células do próprio paciente pode ser a solução de necessidades atuais como é a doação de órgãos, o que poderá salvar muitas vidas no futuro.
São projetos destas dimensões que têm sido desenvolvidos por cientistas do IVI. Recentemente Carlos Simón, diretor científico do IVI, apresentou o estudo sobre gerar óvulos e espermatozoides a partir da reprogramação de células da pele. Iniciativa que recebeu o prêmio KY CHA Award in Stem Cell Technology, entregue durante o 70º Congresso da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM), juntamente com a contribuição de 20.000 dólares para dar continuidade neste projeto revolucionário.
Com base a medicina regenerativa e tecnologia das células tronco, estuda-se a solução definitiva para uma causa de infertilidade cada vez mais frequente onde homens e mulheres não possuem espermatozoides e óvulos com a qualidade suficiente para engendrar a vida. Atualmente casais com estes casos de infertilidade podem engravidar somente com a doação de óvulos ou espermatozoides, dependendo da origem da infertilidade ser feminina ou masculina e, às vezes, combinada (de ambas partes).
“A doação de gametas (óvulos e espermatozoides) é uma alternativa para o problema, mas não a solução para que o casal tenha filhos genéticos com seus próprios óvulos e espermatozoides.”
explica Dra. Genevieve Coelho, diretora do IVI Salvador, “o desenvolvimento desta solução é um avanço necessário que está sendo esperado ansiosamente por muitos casais.” conclui Dra. Genevieve.
Você sabia?
Atualmente é possível reprogramar células já diferenciadas com funções específicas do corpo humano para que sejam células pluripotenciais, ou seja, capazes de regenerar a maior parte dos tecidos do organismo. Cientistas que conseguiram esta transformação inspiraram outros grupos de cientistas, que por sua vez, chegaram a conseguir transformar de forma direta fibroblastos do tecido conjuntivo a neurônios, células do músculo cardíaco e até células dos testículos.