Ser mãe é uma decisão importante e para toda a vida, mas ser mãe em solitário, ou seja, sem a existência de um pai, é um desafio ainda maior que muitas mulheres estão encarando. A atitude conhecida como “produção independente”, gera uma série de incertezas sobre como envolver a família e como explicar aos descendentes esta situação. Neste post será muito produtivo que quem viveu esta experiência compartilhe como lida com a questão.
Falar sobre as famílias monoparentais é um assunto extenso e apesar de ser menos comum que a família seja monoparental desde o principio, casos de pais separados e filhos que vivem com somente uma das duas figuras já foi tabu, mas hoje em dia não estranha ninguém, e inclusive é bastante comum.
Os psicólogos destacam alguns pontos importantes sobre o caso da produção independente:
- É essencial que desde o começo a mãe se sinta segura, tranquila e feliz com a decisão. Esta é a base que será transmitida à criança que sentirá também segurança dentro da família.
- É positivo que a mãe se sinta cômoda com sua opção de família sendo transparente sem ter a sensação que precisa ocultar sua história socialmente.
- Desde que a criança é muito pequena pode ser contado, como se fosse um conto, sobre o forte desejo que a mãe sentia por sua chegada. Com o tempo as perguntas vão surgindo por iniciativa da própria criança em função da sua curiosidade, então as respostas também vão sendo dadas no ritmo que marca o interesse da criança.
- Sobre a idade que a criança está preparada para entender a explicação completa, veja nosso post que aborda quando contar aos filhos que nasceram com a ajuda de técnicas de reprodução humana assistida.
Às vezes ter feito um tratamento de reprodução humana é um assunto delicado inclusive dentro da própria família. Que papel têm os familiares neste momento? Devemos explicar como queremos que a produção independente seja tratada diante dos filhos?
É muito importante que a criança receba sempre uma mesma mensagem com relação à sua origem, a mensagem deve ser a que os pais decidam. Por exemplo, uma mãe comentou com um psicólogo do IVI em uma consulta que se esforçava muito para que a palavra “pai” não fosse utilizada no entorno da criança e em seu lugar a palavra utilizada deveria ser “doador”. Então quando surgia algum comentário sobre características de seu filho como: “o pai deve ser alto”, ela corrigia da seguinte forma: “sim, o doador deve ser alto”.
Se você também tem uma experiência sobre ser mãe de forma independente, compartilhe com a gente. Como você decidiu abordar este assunto dentro da sua família e também com seu filho ou filha? Deixe um comentário!