O dia mundial das doenças raras foi criado para aumentar a conscientização e impulsionar medidas para melhorar a situação das pessoas que juntas somam 7% da população mundial segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). No IVI queremos fazer nossa colaboração neste dia falando de uma doença rara que afeta as mulheres; a síndrome de Rokitansky (MRKH – Mayer-Rokitansky-Küster-Hauser), uma doença caracterizada pela ausência total ou parcial do canal vaginal + anomalias uterinas e tubárias.
Apesar das portadoras de MRKH terem o desenvolvimento característico do sexo feminino normal, já que os ovários estão presentes e funcionam, não há menstruação, além disso, a ausência ou desenvolvimento insuficiente do útero impossibilita a gravidez.
Características e tipos de síndrome de Rokitansky:
‐ Síndrome típica, tipo I, é representada por alterações restritas ao sistema reprodutor.
‐ Síndrome tipo II, é uma síndrome atípica, na qual estão presentes assimetria no remanescente uterino e anomalia das tubas uterinas. Esta forma pode estar associada a doença ovariana, alterações renais, ósseas e otológicas congênitas.
‐ Síndrome tipo III, denominada MURCS, envolve hipoplasia (desenvolvimento insuficiente) ou aplasia (ausência total) uterovaginal, malformações renais, ósseas e cardíacas.
Muitas mulheres portadoras desta síndrome sofrem em silêncio e temem a falta de compreensão do parceiro na hora de estabelecer relações íntimas, por isso os grupos de apoio, onde as mulheres com síndrome de Rokitansky conhecem outras histórias parecidas com a sua são importantes e proporcionam fé e esperança. Atualmente nas redes sociais existem grupos fechados para trocar experiências, além de blogs criados por portadoras para dar informação de interesse. Sobre histórias compartilhadas, recomendamos o blog idealizado e mantido por Márcia Marques http://sindromederokitansky.blogspot.com.br/, a partir desse site, você também tem links para outros links nacionais e internacionais relacionados com o mesmo tema.
Como ser mãe se sou portadora da síndrome de Rokitansky?
Portadoras da síndrome que desejam ser mães podem realizar seu sonho através do útero de substituição, que consiste em fazer a gestação do bebê através de outra pessoa que empreste seu ventre de forma voluntária. O Conselho Federal de Medicina brasileiro permite esta prática quando a pessoa que ofereça a barriga solidária é membro da família de um dos parceiros até 4º grau.
No ano passado, o caso de sucesso do primeiro bebê nascido após transplante de útero na Suécia deu esperança para o surgimento de mais uma alternativa de gravidez. A mulher que recebeu o transplante de útero e realizou o sonho de gerar um bebê em seu próprio ventre é portadora da Síndrome de Rokitansky.
9 Comentários
Eu tenho a síndrome, é difícil, pois nenhum médico dar o real diagnóstico, estou com 33 anos, sofro nas relações sexuais, mais agora estou vendo uma luz no fim do túnel, e sei que vou me tratar e consegui ter uma vida sexual norma.
Mãe sei que não vou ser, sou bem resolvida com isso, pois tenho uma filha de coração, a quem dedico todo meu amor.
A única coisa que me incomoda é nas relações sexuais mesmo.