O vírus papiloma humano (HPV) é a doença sexualmente transmissível (DST) mais frequente. Existem mais de 150 tipos diferentes de HPV, dos quais 40 podem infectar o trato genital. Destes tipos, 12 são de alto risco e podem provocar câncer (oncogênicos) e outros podem causar verrugas genitais. O HPV de tipos 16 e 18 causam a maioria dos casos de câncer de colo do útero (cerca de 70%). Eles também são responsáveis por até 90% dos casos de câncer de ânus, até 60% dos cânceres de vagina e até 50% dos casos de câncer vulvar.
HPV e a infertilidade
O HPV não produz a esterilidade, no entanto existem indícios que a coinfecção com C.Trachomatis aumenta o risco da esterilidade de origem tubário. Nos homens, estudos indicam que a infecção com HPV provoca uma diminuição significativa da qualidade do sêmen. O HPV não tem cura, mas sim tratamentos específicos que são aplicados dependendo da lesão pré-maligna que se manifeste, normalmente sem comprometer a fertilidade posterior.
Como diagnosticar o HPV?
Devido ao fato do HPV normalmente não apresentar sintomas, as pessoas não têm como saber que são portadoras do vírus. A maioria das mulheres descobre que tem HPV por meio de um resultado anormal do Papanicolau, exame que ajuda a detectar células anormais no revestimento do colo do útero, que podem ser tratadas antes de se tornarem câncer. O câncer de colo do útero é um dos mais fáceis de serem prevenidos, por isso é muito importante fazer o exame de Papanicolau regularmente.
Para prevenir o contagio existe uma vacina contra o HPV, recomendada a partir dos 11 anos de idade, uma medida preventiva que deve ser complementada pelo uso de preservativos como a camisinha durante toda relação sexual