Dois estudos apresentados no Congresso científico da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM) por pesquisadores da IVI-RMA Global derrubam mitos populares sobre a relação da dieta sem glúten e a intolerância ao glúten com os resultados dos tratamentos de reprodução assistida.
Estas pesquisas são os primeiros grandes projetos de investigação científica que analisam os resultados dos tratamentos de reprodução humana assistida em pacientes que não consomem glúten e a incidência de doença celíaca (intolerância ao glúten) em pacientes inférteis.
Uma das investigações demonstrou que os pacientes que não consomem glúten obtêm uma taxa de sucesso nos tratamentos de fertilidade iguais aos que consomem glúten, o que comprova que deixar de comer glúten para aumentar as chances de gravidez é um mito.
A segunda investigação, sobre a relação entre a intolerância ao glúten e a fertilidade, revelou que não existe tal relação, ao contrário do que se acreditava até o momento. O estudo identificou que as taxas de sucesso dos tratamentos de reprodução assistida entre pacientes celíacos são iguais aos pacientes não portadores desta condição.
“A ideia de que o glúten afeta a fertilidade foi estendida nos últimos anos. No entanto, não existia nenhuma evidencia científica que sustentava esta teoria”, afirma Dr. Agnaldo Viana, especialista em reprodução humana na clínica IVI Salvador, parte do grupo que realizou a pesquisa.