dezembro 22, 2014

Especialistas em reprodução humana dão dicas para engravidar em 2015

Especialistas em reprodução humana dão dicas para engravidar em 2015

Se engravidar está na sua lista de desejos de 2015, é recomendável mais que abandonar os métodos contraceptivos para garantir o sucesso da gravidez, é preciso preparar o corpo para esta nova etapa da vida.
Apesar do maior peso da saúde estar na mulher, porque vai ser onde o bebê se desenvolve até o nascimento, a saúde do pai também importa, conforme pesquisa do IVI publicada na revista científica Expert Rewiew of Obstetrics & Gynecology, quando o pai fuma, mesmo somente durante o período pré-concepcional, aumenta o risco de câncer, malformações, hiperatividade e transtornos no comportamento da criança.
Desde a decisão de engravidar até conseguir a gravidez é normal demorar até um ano, pois a espécie humana não tem um alto poder reprodutivo, as chances de gravidez por ciclo são no máximo 25%. No entanto, caso a mulher tenha mais de 35 anos é indicado procurar um especialista em reprodução humana após 6 meses de tentativas, porque nesta idade o risco de infertilidade é maior.
Dicas para quem está planejando ter filhos:
– Faça um check up: Atualize a carteira de vacinação, verifique a pressão, diabete, doenças sexualmente transmissíveis (DST) e todos os exames ginecológicos de rotina. “Comente com seu ginecologista que está planejando a gravidez, desta forma ele pode também avaliar sua reserva ovariana e identificar a eventual necessidade de algum cuidado especial”, recomenda Dra. Silvana Chedid, ginecologista especialista em reprodução humana e diretora do IVI São Paulo.
– Tome ácido fólico: Segundo recomendação do Ministério da Saúde, é preciso tomar suplemento de ácido fólico antes e durante os primeiros meses de gravidez para reduzir o risco de malformações do sistema nervoso central do feto e outros defeitos congênitos. A recomendação da FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) é que a mulher consuma 400 microgramas por dia de ácido fólico durante pelo menos um mês antes de engravidar (melhor que sejam três meses) e ao longo do primeiro trimestre de gestação – período em que o tubo neural está em pleno desenvolvimento.
– Vigie seu peso: Estar muito abaixo ou acima do peso ideal pode dificultar a capacidade de engravidar e também a efetividade de tratamentos de fertilidade. Segundo o estudo realizado pelo IVI “Obesidade feminina: consequências a curto e longo prazo na descendência”, o excesso de peso, além da dificuldade de conseguir a gravidez, pode afetar o desenvolvimento normal da gestação e a saúde dos descendentes. “Procure ajuda de um nutricionista” – recomenda Dra. Genevieve Coelho, especialista em reprodução humana e diretora do IVI Salvador – “pois não basta emagrecer de qualquer forma, dietas muito restritivas podem prejudicar a assimilação de substâncias necessárias para manter uma boa saúde durante a gravidez”.
– Não fume: “Apesar dos riscos do cigarro estar amplamente difundidos, é preciso reforçar que atualmente 13% dos casos de infertilidade estão ligados ao fumo”, revela Dra. Genevieve, “fumar reduz 25% da fertilidade da mulher”. Quando consegue engravidar, a mulher que continua fumando pode prejudicar a saúde de seus descendentes segundo estudo “O impacto de fumar cigarro na saúde dos descendentes” realizado pelos doutores Sergio Soares e José Bellver, ambos do IVI.
A idade da mulher também é um agravante para engravidar, pois na faixa dos 35 anos a quantidade de óvulos (reserva ovariana) começa a diminuir rapidamente além de perder qualidade, o que aumenta o risco de doenças genéticas e cromossômicas. Enquanto aos 20 anos o risco de doença genética está em torno de 1 de cada 600 nascimentos, aos 40, o risco alcança 1 de cada 106 nascimentos segundo a Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva. Atualmente existem exames capazes de detectar o risco de doenças genéticas e inclusive técnicas para quando o risco for muito algo, analisar os embriões geneticamente para transferir ao útero materno aqueles que estão livres das doenças analisadas.

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  • Tainah Dias Machado Carvalho

DOSSIER DE IMPRENSA

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Junio 2019

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