O Teste DGP (Diagnóstico Genético Pré-Implantacional) e o Teste Genético Pré-implantacional para Aneuploidias (PGT-A) são os estudos realizados para comprovar a saúde genética dos embriões.
O Teste DGP (Diagnóstico Genético Pré-Implantacional) e o Teste Genético Pré-implantacional para Aneuploidias (PGT-A) são os estudos realizados para comprovar a saúde genética dos embriões, tanto com relação às doenças hereditárias (PGD), quando para descartar alterações cromossômicas não hereditárias que podem inviabilizar o desenvolvimento do embrião ou provocar doenças genéticas como a Síndrome de Down (DGP-A).
O diagnóstico de alterações genéticas e cromossômicas nos embriões é realizado antes da sua implantação no útero materno e, portanto, antes da gravidez. Esta técnica de reprodução humana assistida requer sempre um tratamento de Fertilização in Vitro (FIV), pois é necessário dispor dos embriões no laboratório para realizar a análise.
INDICAÇÕES PGD:
INDICAÇÕES PGS:
Os diagnósticos genéticos de embrião DGP e DGP-A (antigos PGD/PGS) são importantes para contar com informação que irá permitir aumentar a segurança com relação à saúde do futuro bebê, porém se diferenciam com relação ao que geneticamente está sendo estudado. Enquanto o PGD analisa os genes que podem ser responsáveis por doenças hereditárias, o DGP-A estuda alterações cromossômicas que podem ser provocadas de forma espontânea ou quando foram identificadas alterações no cariótipo em um dos progenitores.
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Em 2006 uma clínica do grupo IVI na Espanha foi a primeira do mundo a conseguir que um casal portador de linfohistiocitose tivesse um bebê livre dessa doença hereditária graças à técnica de reprodução assistida DGP. Desde então, em todas as clínicas do grupo, inclusive no Brasil, famílias que possuem histórico de doenças hereditárias podem livrar os descendentes das mutações causadoras de doenças genéticas.
Por outro lado, as alterações espontâneas não hereditárias identificadas pelo DGP-A são bastante comuns durante o desenvolvimento do embrião, sendo esta a principal razão pela qual nem todos os óvulos fecundados chegam ao estágio de embriões e nem todos os embriões implantam no útero. Neste sentido, utilizar o diagnóstico genético DGP-A, tem sido uma importante estratégia de seleção embrionária e otimização do tratamento de reprodução humana que têm permitido alcançar a uma gestação segura e o nascimento de um bebê saudável.
Inicialmente o estudo genético do embrião era realizado com tecnologias diferentes da disponível atualmente, que é o NGS (next generation screening). As técnicas anteriores foram respectivamente FISH (Hibridação «In situ» fluorescente), que não permitia o estudo de todos os cromossomos e CGH-arrays, que foi a primeira a conseguir estudar todos os cromossomos dos embriões a partir de algumas células do mesmo, enviadas ao laboratório de genética.
A técnica de NGS permitiu dar ainda mais precisão no estudo dos cromossomos e genes e também tornou o estudo genético do embrião uma prática mais acessível para os pacientes.
O estudo de FISH em espermatozoides, anterior ao tratamento de reprodução assistida, permite avaliar a presença de anomalias cromossômicas nos espermatozoides e determinar o risco de transmissão para a descendência. Esta técnica destina-se a pacientes com maior risco de apresentar alterações cromossômicas, casais com abortos de repetição ou casais sem êxito na Reprodução Assistida por causa de uma anomalia paterna. Nestes casos consegue-se analisar os cromossomos 13,18, 21, X e Y, cujas anomalias poderiam dar lugar a abortos ou a recém-nascidos vivos com doenças cromossômicas.
A hibridação «in situ» fluorescente (FISH) consiste em marcar com sondas de DNA fluorescentes cromossomos específicos no núcleo dos espermatozoides para determinar se apresentam uma alteração cromossômica. O FISH é de grande utilidade para assessorar os casais que consultam algum especialista devido a um problema de infertilidade.
Há apenas alguns anos, o Diagnóstico genético do embrião só permitia ver 9 dos 23 pares de cromossomos. Graças aos «arrays» de CGH submetem-se a exame os 23 pares de cromossomos para despistar aneuploidias antes da implantação. As aneuploidias são alterações na dotação cromossômica que podem produzir fracassos de repetição em ciclos de reprodução assistida, abortos espontâneos e cromossômicos em recém-nascidos. Esta tecnologia permite identificar no laboratório que pré-embrião está saudável e qual não está. O Teste Genético Pré-implantacional com «arrays» de CGH está indicado para pacientes de aborto recorrente e casais com risco de apresentar anomalias cromossômicas na descendência, mas também para aquelas pacientes que tenham passado dos 40 anos e vão fazer a gestação dos próprios óvulos.
A finalidade do DGP e DGP-A é prevenir riscos a partir da informação genética sobre os embriões. Estas informações permitem aos especialistas e pacientes tomarem uma decisão assertiva sobre quais embriões têm mais chances de desenvolvimento e podem levar à confirmação de uma gravidez mais tranquila.
Através de uma biopsia realizada por embriologistas altamente preparados e experientes são retiradas algumas células do embrião. Estas células são enviadas ao laboratório de genética enquanto os embriões permanecem no laboratório de embriologia da clínica IVI.
As técnicas de reprodução humana DGP e DGP-A são o resultado da combinação da Fertilização in Vitro, da biópsia de células do embrião realizada através da micromanipulação e das técnicas de diagnóstico citogenético e molecular.
Nas clínicas IVI dispomos de laboratórios preparados para a realização do DGP e DGP-A de forma individualizada. As altas taxas de êxito, a personalização do tratamento e a alta qualificação dos biólogos e embriologistas que trabalham nos laboratórios do IVI fazem do grupo IVI uma referência mundial nesta técnica.
Lista de principais doenças monogênicas
Atrofia Muscular Espinal
Fibrose Cística
β-Talassemia
Defeito da Glicosilação (CDG1A)
Surdez congénita neurossensorial não sindrómica
Policistose renal (ARPKD)
Leucodistrofiametacromática
Défice 21-Hidroxilase
Doença de Gaucher
Tirossinemia tipo 1
Linfohistiocitose familiar
Acidemia propiónica A
Acidemia propiónica B
Mucopolisacaridose IIIA (SanFilippo A)
Displasia hidrótica ectodérmica, Síndrome de Clouston
Déficit L-CHAD
Osteopetrose,
Imunodeficiência combinada grave, alinfocítica
Distrofia Miotônica, Steinert
Huntington
Poliquistose Renal, AD. Ligada a PKD1
Neurofibromatose tipo 1
Charcot-Marie-Tooth 1A
Ataxia Espinocerebelar, SCA1, SCA3
Esclerose tuberosa tipo 1
Exostose múltipla hereditária
Neoplasia Múltipla Endócrina 2A
Cancro do cólon hereditário, não polipósico (S. Lynch
Polipose adenomatosa familiar
Esclerose tuberosa tipo 2
Síndrome Von HippelLindau
Paraparésia espástica familiar
Policistose Renal, AD. Ligada a PKD2
Retinose Pigmentaria
Síndrome de X frágil
Hemofilia A
Distrofia Muscular Duchenne/Becker
S. Alport
Incontinencia Pigmenti
Déficit OrnitinTranscarbamilasa
Doença de Norrie
Mucopolisacaridosis II
Mucopolisacaridosis IIIA
Citamos acima as principais doenças genéticas, contudo, mesmo as doenças não listadas anteriormente, ou seja, todas que são provocadas por alterações em genes ou cromossomos, podem ser identificadas em conjunto através do DGP e DGP-A.
O que são os cromossomos e os genes?
Todas e cada uma das células que formam o nosso corpo têm no seu núcleo 46 cromossomos (23 do pai e 23 da mãe).
Os cromossomos são constituídos por uma substância chamada DNA que contém a nossa informação genética. A referida informação está dividida em milhares de pequenos fragmentos que recebem o nome de genes. Existem, portanto, duas cópias de cada gene, procedendo um da mãe e outra do pai.
Que alterações dos cromossomos e genes podem ocasionar doenças?