Falar sobre amamentação e sua importância nunca sai de moda. A amamentação traz inúmeros benefícios para a saúde e para o bem-estar não somente do bebê, mas também para a mamãe. O ato de amamentar aumenta a conexão entre mãe e filho, reduz as cólicas e fortalece o sistema imunológico.
A amamentação é a melhor opção de alimento desde o nascimento do bebê. O leite materno contém todos os nutrientes importantes para o crescimento e desenvolvimento da criança.
Ela deve ser mantida – pelo menos – até aos 6 meses de vida. Mas, pode ser prolongada até os 2 anos de idade. Ou, até quando o bebê e a mãe quiserem.
Mesmo parecendo um processo simples, a prática normalmente causa dúvidas, e pode até se tornar frustrante. Principalmente para as mamães mais recentes. Alguns problemas podem surgir ao longo do percurso, como as rachaduras nos mamilos, e podem deixar a mulher um pouco desanimada.
Mas com a orientação correta, superam-se esses pequenos problemas. Depois surgem os momentos especiais, de extremo cuidado e intimidade entre mãe e filho.
O leite materno
Formado por substâncias como proteínas, carboidratos e gorduras, o leite materno garante que o bebê cresça e se desenvolva de forma saudável. É por meio deste alimento que a criança recebe anticorpos da mãe, protegendo-o contra doenças.
De acordo com Organização Mundial da Saúde (OMS), a amamentação deve ser iniciada nos primeiros 60 minutos de vida do recém-nascido. Isso protegerá a criança de problemas que podem ser fatais após o nascimento. Alguns exemplos são infecções, diarreias e doenças respiratórias.
Além disso, o aleitamento funciona como exercício para o desenvolvimento da face da criança, contribuindo para desenvolver a fala, respiração e dentição. E, de acordo com pesquisas, os anticorpos para Covid-19 podem ser transmitidos de mãe para bebê por meio da amamentação também.
Esclarecer os benefícios da amamentação – ou melhor dizendo, desse ato de amor – pode colaborar para o aumento dos índices de mães que amamentam seus filhos. Ainda segundo a OMS, apenas 40% das crianças têm o leite materno como alimentação exclusiva nos seis primeiros meses de vida, o que representa um alerta.
Os benefícios da amamentação para a criança
Entre os mais destacados está o fortalecimento do sistema imunológico. Por ser rico em anticorpos que se produz no corpo da mãe, o leite materno é uma defesa natural para o bebê. Assim, protegendo-o contra problemas como gripes, infecções de ouvido, asma, pneumonia e infecções intestinais.
O aleitamento materno previne a obesidade. Por seu efeito anti-inflamatório, o leite materno assegura que crianças que o recebam durante o primeiro período de vida tenham menores chances de desenvolver a doença, assim como diabetes e problemas cardíacos. Por conta disso, a amamentação também traz uma proteção extra para o coração do bebê.
Ao amamentar, a mãe oferece ao bebê uma substância chamada DHA (ácido docosahexaenoico) por meio do leite. De forma geral, ela é responsável por participar da formação de células nervosas, facilitando a comunicação entre elas.
Ou seja, ajuda no desenvolvimento do sistema nervoso. Essa ação é fundamental nos primeiros 5 anos de vida, quando grande parte do cérebro está em desenvolvimento.
O leite materno também está relacionado ao menor risco do desenvolvimento do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). E na prevenção contra anemias no bebê. Por ser constituído de diversas substâncias (como a vitamina B12 e ácido fólico) fundamentais, ele colabora para o bom funcionamento do organismo.
“Para os bebês, o leite materno é uma importante fonte de nutrientes. Tem efeitos protetores contra infecções mais comuns, como a diarreia e a infecção respiratória, além de minimizar o risco de alergias e obesidade. É um alimento específico, com todos os nutrientes, proteínas, fatores de proteção imunológica, gordura e micronutrientes E ainda promove o contato mais íntimo entre mãe e filho”, diz a Dra. Andreia Garcia, ginecologista e obstetra, médica do IVI Salvador.
Benefícios da amamentação para a mãe
A mulher também recebe a sua parte quando se dedica à amamentação. Ela se recupera do parto com mais rapidez. A oxitocina liberada durante a amamentação acelera o retorno do útero ao seu tamanho e ainda pode ajudar a reduzir o sangramento excessivo no pós-parto que pode levar ao quadro de anemia.
Os momentos de aconchego e intimidade entre mãe e filho favorecem também a sensação de bem-estar e de realização. Associa-se esse ato em diversas pesquisas como aliado no combate e na redução da depressão pós-parto.
O aleitamento protege contra alguns tipos de câncer. Diversos estudos indicam que as mulheres que amamentam têm menor chance de desenvolver câncer de mama, de ovário e de endométrio. Isso se deve às taxas de determinados hormônios que favorecem o desenvolvimento desses tipos de cânceres e que caem durante o período de aleitamento.
O ato de amamentar combate o aparecimento de outras doenças como diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares, como hipertensão arterial e colesterol alto. A amamentação ajuda a reduzir o risco.
Além de tudo isso, amamentar estimula a mãe a ter uma alimentação mais saudável. Como os alimentos consumidos podem interferir no leite materno, o fato de estar amamentando é um incentivo a mais para que ela mantenha uma alimentação equilibrada e saudável.
Agosto Dourado
Agosto é o Mês Mundial da Amamentação. A história do Agosto Dourado teve início em 1990. Durante um encontro da OMS e da UNICEF (Fundo de Emergência Internacional das Nações Unidas para a Infância), em que foi fundada a Aliança Mundial de Ação Pró-Amamentação. Um ano depois, em 1991, a Aliança criou a Semana Mundial de Aleitamento Materno.
Todos os anos, durante o mês de agosto, define-se um tema para ser explorado e divulgado em 120 países, incentivando a amamentação. No Brasil, a Lei nº 13.435, de 2017, instituiu o Agosto Dourado como mês do aleitamento materno.
Na ocasião, se intensificam as ações de conscientização e esclarecimento sobre a importância do aleitamento na vida da mãe e do bebê.
A cor dourada está relacionada ao padrão ouro de qualidade do leite materno. De acordo com a OMS e o Unicef, cerca de 6 milhões de vidas são salvas anualmente por causa do aumento das taxas de amamentação exclusiva até o sexto mês de idade.
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