Apoio emocional diante da infertilidade é um dos fatores mais importantes para que um homem, uma mulher ou um casal (seja ele homoafetivo ou hétero) possa seguir adiante na busca pelo seu sonho.
Para a nossa sociedade, engravidar e ter filhos é lei natural da vida. Para algumas pessoas, após encontrar um parceiro ou parceira, o próximo passo é iniciar uma família. Por conta disso, engravidar acaba se tornando o sonho dos que se unem com o propósito de passar adiante seus valores, cultura e tradições.
Mas existe uma cobrança muito grande de sociedade envolvida nesse processo. Família e amigos, todos esperam (e, em algum momento, até cobram) que o casal (ou a mulher, ou o homem) tenha um bebê.
O que essas pessoas não pensam, é que toda essa cobrança gera, além de expectativa, uma pressão muito grande e que pode atrapalhar, especialmente quando no processo de tentativas, se depara com uma infertilidade.
Os tratamentos de reprodução humana ajudam a solucionar o problema da biologia. Mas eles não são capazes de diminuir as expectativas do casal e nem de quem os cerca. Também não amenizam as pressões… E é nessa fase que o apoio emocional e o acompanhamento psicológico entram no processo, para ajudar a lidar com toda a complexidade da situação.
Antes de iniciar algum tipo de tratamento, ter a assistência de um psicólogo é fundamental. Ele vai ajudar a enxergar a reprodução assistida como uma solução para dilemas e possíveis problemas. E isso, por si só, já começa a trazer uma maior tranquilidade, mais saúde mental e qualidade de vida para todos os envolvidos.
O tratamento da infertilidade, por si só, representa uma fonte de ansiedade e medo para algumas pessoas. Daí a importância de que, nesse contexto, além dos recursos e técnicas da reprodução assistida, se ofereça apoio emocional. Esse equilíbrio aumenta as chances de êxito do tratamento e da gestação.
Apoio emocional e o tratamento da fertilização
Fatores emocionais normalmente acompanham os casais que enfrentam o diagnóstico de infertilidade. Com certeza eles irão precisar do auxílio da medicina reprodutiva, e manter a saúde mental em dia, é cada vez mais importante. Inclusive para que o tão sonhado resultado positivo aconteça.
É fundamental identificar as causas do estresse e da ansiedade, e entender o impacto disso na fertilidade. Uma série de estudos busca entender de que maneira pode-se reduzir a ansiedade e a sua influência em mulheres que pretendem engravidar.
Na maioria das vezes, a fertilização in vitro é a solução buscada quando o casal não tem a opção da gravidez por meios naturais. No caso dos casais heterossexuais, a maioria chega à clínica de fertilização após diversas tentativas frustradas de engravidar.
Já os casais homoafetivos têm na reprodução assistida a única possibilidade de gerar um filho biológico de um dos parceiros ou das parceiras.
O tratamento e as emoções
E o resultado de tudo isso, na prática, são pessoas carregadas de um misto de emoções diante do tratamento. O medo de não dar certo, a ansiedade para saber os resultados, a frustração por não ter conseguido engravidar, ou não ter conseguido segurar a gravidez até o final.
As dúvidas vão tomando conta das vidas desses casais. E um misto de sensações costuma fazer parte do processo.
O importante mesmo é conseguir lidar bem com tudo isso. Para assim, manter o equilíbrio emocional e a saúde mental durante o tratamento. Isso se reflete até na saúde física. Pessoas com sintomas de ansiedade, estresse e depressão tendem a cuidar menos de si.
Elas se alimentam pior, não fazem tanta atividade física e têm a qualidade do sono prejudicada. E todos esses fatores impactam diretamente na saúde e no bem-estar do organismo como um todo, e também na fertilidade.
O acompanhamento psicológico durante o tratamento serve para que a pessoa ou o casal não r sentimentos ruins. Deve-se analisar cada caso particularmente, afinal as histórias de vida são diferentes, as bagagens emocionais também.
Ao ser submetido ao estresse, nosso organismo responde produzindo hormônios que aumentam as reações inflamatórias. Esses hormônios, quando liberados por áreas do cérebro e pelas glândulas adrenais, que ficam acima dos rins, interferem na implantação do embrião, aumentando o risco de falhas e de perda da gestação. Por isso, a importância dos fatores emocionais nesse processo, quanto mais m adequadamente controlados, melhor tende a ser o prognóstico da gestação.
Equilíbrio faz bem ao corpo e à mente
Não descuidar do corpo é muito importante. É preciso mantê-lo sempre saudável e em movimento. Atividades físicas, como a prática de esportes, meditação, corrida e dança; além de estimularem a melhora do sistema imunológico, também ajudam no alívio das tensões físicas e emocionais.
A alimentação também é fator fundamental. Mas, não é preciso desespero! Uma dieta balanceada, que consiga equilibrar o que é saudável, incluindo o que te dá prazer. Deve-se evitar bebidas alcoólicas e cigarros, como recomendam os médicos, principalmente para as gestantes.
Dedique-se também a uma atividade, nova ou antiga. Pintura, bordado, música, teatro, artesanato… além dos esportes, as práticas e os conhecimentos artísticos também tem a capacidade de melhorar a nossa qualidade de vida, concentração e diminuir os níveis de estresse e ansiedade.
Essas atividades estimulam a produção dos chamados hormônios da felicidade, como a endorfina, a serotonina, a dopamina e a oxitocina. Aproveite também, para retomar atividades que você tenha abandonado na correria do dia a dia. Ler um livro, assistir um filme ou séries, conhecer lugares novos, sair com os amigos.
Foco no equilíbrio do casal
Quando falamos em saúde, a compreensão do ser humano como um todo é essencial. Nem só corpo, nem só mente: mas uma junção de mente, corpo, emoções, relações, contexto-social e herança genética.
É assim que precisamos olhar para uma pessoa para depois propor intervenções efetivas para promover saúde e qualidade de vida.
Diante disso, o apoio psicológico – e de outras abordagens terapêuticas complementares, como nutricionista, yoga, acupuntura e meditação – é imprescindível no acompanhamento da mulher ou do homem com infertilidade e, de forma ideal, no acompanhamento do casal (seja ele homoafetivo ou hétero).
Pensando na realização do sonho dos casais, o IVI Salvador disponibiliza um guia. Você pode acessá-lo gratuitamente (https://ivi.net.br/perguntas-frequentes/baixe-gratis-o-guia-para-tentantes/) e esclarecer suas dúvidas sobre o assunto.
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