O epidídimo é um pequeno ducto, presente no sistema reprodutor dos homens. Ele está diretamente ligado aos testículos, e é responsável por fazer a coleta dos espermatozoides que lá são produzidos e armazená-los. O epididimo conecta os canais deferentes aos testículos, ajudando no transporte dos espermatozoides.
Em certas situações, esse ducto pode ficar inflamado e causar uma série de sintomas ao homem. Entre eles dor e desconforto. Essa condição é chamada de epididimite, que nada mais é do que a inflamação do epidídimo.
A epididimite pode provocar inchaço do escroto e dor na região genital. Principalmente ao caminhar ou movimentar a região. Essa inflamação pode acontecer por consequência de uma doença infecciosa crônica e uma infecção sexualmente transmissível (IST). Ou ainda por conta de alterações anatômicas do testículo ou torção do testículo.
Quase sempre, a epididimite está relacionada a alguma bactéria que pode ter sido contraída sexualmente. Mas, em alguns casos, não existe nenhuma causa identificável, o que pode dificultar seu diagnóstico. O tratamento da doença deve ser orientado pelo urologista. Pode ser indicado o uso de antibióticos ou medicamentos anti-inflamatórios para aliviar a dor e o desconforto.
A epididimite é relativamente comum e afeta homens na faixa etária dos 18 aos 35 anos, mas também pode afetar crianças. Por isso, a importância de realizar consultas com um médico especialista. Assim, serão realizados os exames para identificar a causa e iniciar o tratamento mais adequado.
Os sintomas de epididimite
A epididimite afeta muitos homens e é dividida em duas classes: aguda e crônica. No primeiro caso, os sintomas duram menos de seis semanas. A crônica, por sua vez, apresenta sintomas que costumam ultrapassar esse período.
Os sintomas de epididimite começam leves e pioram com o passar do tempo. No começo o paciente sente apenas um leve desconforto. Mas, com o tempo, começa a sentir outros sintomas mais graves. Em casos mais críticos, a dor é tão intensa que o homem nem consegue se movimentar.
Entre os sintomas de epididimite, podemos destacar febre, calafrios, dor nos testículos e dor geral na região da pelve. A infecção pode provocar ainda uma sensação de pressão ou de peso nos testículos; inchaço e vermelhidão no escroto; dor e quentura no escroto.
Outros sintomas associados ao problema são eliminação de secreção pelo pênis e dor ao urinar ou durante a relação sexual. Além da presença de sangue no sêmen e inchaço nos gânglios linfáticos da virilha. Por isso, ao sentir qualquer um dos sintomas acima, é importante procurar imediatamente a ajuda de um urologista.
Quando não tratada adequadamente, a epididimite pode levar o homem a infertilidade!
As causas da epididimite
Existem algumas causas para a epididimite. Entre as mais comuns estão as IST’s (infecções sexualmente transmissíveis) como a gonorreia e a clamídia. Mas, quando o organismo está combatendo outras infecções – como uma tuberculose, prostatite, ou uma infecção urinária, por exemplo – o epidídimo também pode inflamar e resultar no problema.
Outras causas que podem gerar a infecção são pancadas fortes na região dos testículos, ou torções no saco escrotal. Alterações anatômicas congênitas nos testículos e no trato urinário também podem fazer com que o homem desenvolva a epididimite.
Circuncisão, colocação de cateteres e procedimentos cirúrgicos no pênis também podem causar a epididimite. Por fim, levantar peso e realizar esforço excessivamente também são motivos comuns para a condição.
A infecção também pode acontecer em crianças. Ela pode ser desencadeada por conta de pancadas fortes na região dos testículos. Ou ainda, por torções nos testículos, ou por alterações no local.
Como tratar
O tratamento de epididimite vai variar de acordo com a causa da inflamação, da intensidade dos sintomas, e o estágio da doença. Se foi causada por uma IST, é preciso tratá-la de imediato, para que a ela comece aliviando os sintomas, e depois desapareça por completo.
O diagnóstico da epididimite deve ser feito pelo urologista a partir da observação e palpação da região íntima. Pode ser recomendado também a realização de exames de urina, ultrassonografia com Doppler, tomografia computadorizada ou ressonância magnética para identificar a causa da inflamação.
Como quase sempre está relacionada com alguma bactéria sexualmente transmissível, o urologista receitará antibióticos. Assim será feito o tratamento da infecção, e consequentemente, a eliminação da bactéria no organismo. Também podem ser receitados anti-inflamatórios e analgésicos que ajudam com a dor e alivio dos sintomas.
O tempo que o paciente leva para apresentar melhora depende do seu caso e do seu organismo. A maioria dos casos já inicia a recuperação no período de duas semanas. Mas, em alguns casos, pode demorar até três meses.
Caso a epididimite tenha sido causada por uma torção dos testículos, ou por alterações anatômicas nos testículos ou no trato urinário, um procedimento cirúrgico de correção pode ser indicado. E consequentemente a recuperação será mais demorada.
Nesse período, é de fundamental importância tomar os remédios receitados à risca. E, se possível, ficar em repouso sempre que puder. É importante também evitar carregar peso, e colocar gelo no escroto para aliviar a dor quando achar necessário.
Depois do tratamento
As chances de reincidência da epididimite, nos casos onde o tratamento é feito parcialmente, são grandes. Por isso, o paciente não deve interromper o tratamento antes de concluí-lo. Depois de algumas semanas é preciso retornar ao médico, para que ele verifique se a infecção foi curada definitivamente.
Uma das formas mais importantes de prevenir a epididimite é evitando Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s). Por isso, é preciso sempre praticar sexo seguro. O mais indicado é conversar com o seu médico, para que ele indique outras formas para evitar a doença.
“Caso você descubra que sofre com o problema, não se desespere. Imediatamente procure um especialista ao perceber que algo não está certo. Só um profissional médico capacitado, poderá entender o que está ocorrendo e propor a melhor conduta de tratamento para você. Lembre sempre de que o que funciona com um homem, não necessariamente funciona com outro. Cada paciente deve ser visto de forma individualizada”, conta o Dr. Fábio Vilela, do IVI Salvador.
Seja qual for o seu caso, aqui no IVI estamos preparados para te atender e ajudar. Conte com nossa equipe médica especializada. Agende sua consulta.
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