A histerossalpingografia é um dos mais importantes exames indicados na investigação da infertilidade feminina.
Com nome difícil, mas função clara, o procedimento visa avaliar a saúde do útero e das trompas de falópio, oferecendo informações que são fundamentais para orientar o tratamento mais adequado para a mulher – inclusive em casos de necessidade de Fertilização In Vitro (FIV).
O que é a histerossalpingografia?
A histerossalpingografia, também chamada de HSG, é um exame de imagem realizado por radiografia, com o objetivo de avaliar a cavidade uterina e verificar se as trompas de falópio estão desobstruídas.
Para isso, utiliza-se um contraste iodado, que permite observar o trajeto do líquido desde o útero até as trompas. Essa análise é essencial para entender se há condições anatômicas que podem dificultar a fecundação, como obstruções ou malformações.
“É um exame simples, porém de grande valor diagnóstico, sobretudo em processos de investigação da infertilidade. Através dele, é possível identificar causas físicas que estejam impedindo a gravidez, além de orientar o melhor caminho para cada paciente”, conta Dr. Agnaldo Viana, especialista em reprodução assistida no IVI Salvador.
Como funciona o exame?
A histerossalpingografia é um exame de baixa complexidade. É realizada em ambiente ambulatorial.
Durante a realização do exame, a paciente permanece deitada em posição ginecológica e um cateter fino é introduzido no colo do útero para a aplicação do contraste.
Em seguida, o médico radiologista realiza uma série de radiografias, que mostram o movimento do líquido dentro da cavidade uterina e ao longo das trompas de falópio.
O procedimento é relativamente rápido e dura, em média, entre 15 e 30 minutos.
Pode haver algum desconforto ou cólica durante a aplicação do contraste, o que é considerado normal. O exame deve ser feito preferencialmente após o término da menstruação e antes da ovulação, evitando riscos de exposição em caso de gravidez.
Para que serve a histerossalpingografia?
O principal objetivo do exame de histerossalpingografia é verificar se as trompas de falópio estão abertas e funcionais. Isso é essencial para que o óvulo possa encontrar o espermatozoide e a fecundação ocorra de forma natural.
O exame também permite avaliar a anatomia do útero, identificando possíveis alterações, como aderências, miomas submucosos, pólipos ou malformações congênitas.
De acordo com o médico Agnaldo Viana, a histerossalpingografia é uma aliada valiosa na análise da fertilidade feminina: “a histerossalpingografia é um exame fundamental na avaliação da fertilidade feminina. Ela oferece informações valiosas sobre o útero e as trompas, contribuindo para decisões mais precisas nos tratamentos de reprodução assistida. Em muitos casos, é a partir dessa análise que conseguimos traçar um plano mais eficaz para ajudar a mulher a engravidar”.
Quais os efeitos secundários da histerossalpingografia?
Por ser um exame minimamente invasivo, a histerossalpingografia pode provocar alguns efeitos colaterais leves e temporários. Entre os mais comuns estão cólicas semelhantes às menstruais durante e após o procedimento, uma leve sensação de desconforto abdominal, um pequeno sangramento vaginal nas primeiras horas e eliminação do contraste através de um corrimento vaginal.
Em casos raros, especialmente se houver histórico de infecções pélvicas, pode haver risco de infecção após o exame. Por isso, é essencial seguir todas as orientações médicas, relatar qualquer sintoma anormal e manter o acompanhamento após a realização do procedimento.
É possível ter relações sexuais após a histerossalpingografia?
Sim, é possível retomar a vida sexual após o exame, mas a recomendação geral dos médicos é aguardar pelo menos de 24 a 48 horas, ou até que o pequeno sangramento vaginal cesse.
Essa pausa é importante para evitar infecções e permitir que o organismo se recupere do procedimento. Se houver dor persistente, febre ou secreção com odor, é fundamental procurar atendimento médico e investigar.
A histerossalpingografia ajuda a engravidar?
Embora não seja esse o objetivo principal do exame, existem relatos de alguns pacientes que conseguiram engravidar naturalmente após a realização da histerossalpingografia.
Isso ocorre porque o contraste pode exercer um efeito de “lavagem” nas trompas, desobstruindo passagens que estavam parcialmente bloqueadas por muco ou resíduos. Mas não existe amparo médico neste fato.
É importante destacar que a histerossalpingografia não é um tratamento de fertilidade, e sim uma ferramenta diagnóstica. A técnica não funciona para favorecer a gravidez e sim para ajudar a entender por que ela não está ocorrendo.
Os resultados do exame podem indicar, por exemplo, a necessidade de recorrer a técnicas de reprodução assistida, como a fertilização in vitro, quando há obstruções bilaterais ou alterações relevantes nas estruturas reprodutivas.
Medicina reprodutiva como aliada da mulher
A jornada em busca da maternidade pode envolver desafios, mas a medicina reprodutiva tem avançado significativamente, oferecendo recursos eficazes e humanizados para quem deseja engravidar.
A histerossalpingografia é um desses recursos. Ao revelar o estado das trompas de falópio e a anatomia do útero, ela permite que médicos e pacientes tomem decisões mais seguras, personalizadas e orientadas para o sucesso.
Se a infertilidade for identificada e for reversível, o melhor protocolo de tratamento será proposto para que a paciente consiga resolver o problema e dê continuidade ao sonho de ser mãe. Se após investigar, os especialistas chegarem à conclusão de que a infertilidade é irreversível, ainda assim existem soluções viáveis.
Hoje em dia, com a ovodoação, é possível se tornar mãe. A mulher pode receber doação de um banco de óvulos, com total segurança e proteção legal. As mulheres que doam seus óvulos passam por baterias de exames, testes e avaliações que ampliam a segurança do processo. Assim, com um óvulo doado, a paciente pode recorrer à Fertilização In Vitro, utilizando sêmen de seu parceiro (ou doado, caso a infertilidade seja de ambos). Logo depois, o embrião gerado em laboratório é transferido ao útero da mulher, que irá gestar e bebê.
Todo o procedimento é acompanhado por uma equipe médica capacitada, que cuida de todos os detalhes, oferecendo segurança e acolhimento.
Aqui, no IVI Salvador, cada mulher é acolhida com escuta, atenção e planejamento. Contamos com uma equipe experiente, com tecnologia de ponta e com protocolos atualizados para garantir que cada etapa da jornada reprodutiva seja feita com clareza, cuidado e esperança.
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