Receber o diagnóstico de infertilidade pode ser bastante doloroso para muitos casais. No entanto, alguns deles conseguem levar a jornada do tratamento de reprodução assistida de forma confiante e com muita positividade. Foi a partir dessa perspectiva que Gabriela Lacerda e seu marido viveram durante o período entre o diagnóstico de infertilidade masculina e o tão sonhado beta positivo.
No Encontro de Tentantes IVI Salvador, que aconteceu no dia 3 de maio, a jornalista Gabby Lacerda – como é conhecida pelos seus mais de 45 mil seguidores – contou a sua trajetória desde que começou a tentar engravidar naturalmente.
Gabby, à época com 29 anos, não imaginava que precisaria passar por um tratamento de reprodução assistida para realizar seu sonho de ser mãe e construir uma família. Quando receberam o diagnóstico de varicocele – a maior causa de infertilidade masculina – Gabby e o marido, Thiago, sentiram-se chocados.
Depois do susto da notícia, muitas pessoas sentem raiva e acreditam que estão sendo injustiçadas. Esse momento é delicado, porém ele pode e deve ser superado.
No Guia de apoio emocional para casais em tratamento de reprodução assistida, mostramos que existem quatro etapas de superação:
Como aceitar o tratamento de reprodução assistida?
Durante o bate-papo com a psicóloga Fabiane Bomfim, Gabby falou em não questionar a medicina e apenas confiar na ciência e no conhecimento da equipe médica do IVI Salvador.
“Existe um diagnóstico, então deixa eu me desapegar dos pensamentos negativos. Eu agradecia a Deus por ter um médico que poderia salvar o meu sonho”, disse Gabby enquanto contava como passou da desesperança à aceitação do tratamento.
A partir daí, ela conseguiu se entregar aos procedimentos necessários.
E se der negativo?
Fabiane Bomfim, psicóloga pós-graduada em Terapia Familiar, falou sobre a importância de entender que o beta negativo é uma possibilidade e que esse luto deve ser vivido.
Para quem investiu física, emocional e financeiramente no tratamento, para quem alimentou a esperança de conseguir uma gravidez, saber que ainda não foi naquele ciclo é sempre um momento de tristeza. No entanto, a psicóloga reforça que a aceitação também é importante nesse estágio.
O silêncio
No Encontro, algumas participantes tiveram dúvidas sobre a importância de manter o silêncio durante o tratamento. Gabby Lacerda foi categórica ao dizer que não contou para ninguém sobre as etapas do tratamento.
Em um ponto do bate-papo, uma participante levantou a questão sobre a solidão que o silêncio traz para quem está passando por este processo de reprodução assistida .
De fato, poderia ser menos doloroso passar por um processo desgastante com mais apoio da família e amigos. No entanto, por conta das expectativas, curiosidades e até mesmo pela negatividade, o ideal é que apenas algumas pessoas muito bem escolhidas fiquem sabendo do tratamento do casal. Assim, é possível desabafar, compartilhar e seguir em frente.
A jornada é individual
Para Gabriela, a grande descoberta durante o tratamento de reprodução assistida foi o autoconhecimento. Autora de um livro intitulado “A jornada é sua!”, Gabby Lacerda acredita que cada indivíduo tem responsabilidade sobre si mesmo e deve partir para essa viagem interna. Culpar os outros, ter inveja ou se vitimizar só atrapalha.
A partir de leituras edificantes, meditações, visualizações e afirmações positivas, ela conseguiu manter a positividade até o momento da transferência de seus embriões.
Na primeira Fertilização in Vitro, ela ficou grávida de Gael. Hoje, seu primogênito tem quatro anos e Gabby está grávida de seu segundo filho, Benício, fruto da sua segunda FIV.
Dicas de Gabby Lacerda para transformar o momento de dor em algo leve:
- Nossos pensamentos criam a nossa realidade;
- Nós podemos nos acalmar e nos apoiar, por meio de afirmações positivas diárias;
- A união do casal é energia potencializada;
- A lei do silêncio é fundamental para evitar interferências durante o processo.
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