Nidação ou menstruação… Vamos te ajudar a identificar a diferença.
Se você está se preparando ou tem o sonho de ser mãe, preste atenção ao seu ciclo menstrual. Qualquer alteração, pode indicar que o seu desejo está próximo de se realizar.
Sabe aquele sangramento sutil, que acontece nos dias que antecedem a menstruação? Aquele corrimento rosado pode significar a aproximação do seu ciclo menstrual! Mas também há chances de ser a famosa nidação.
Normalmente esse sangramento não representa nenhum problema de saúde. Ele pode ser, inclusive, a possibilidade de que uma vida esteja se formando dentro do seu ventre. Esta alteração é o sangramento de nidação. Ele não ocorre em todas as mulheres, mas quando acontece, apresenta algumas características que o diferem da menstruação regular.
Tanto o sangramento de nidação, quanto a menstruação possuem semelhanças. E são elas que causam confusão em muitas mulheres que querem, ou não, engravidar!
Antes de explicar na prática a relação entre nidação ou menstruação, vamos explicar o conceito de cada uma.
O que é a menstruação?
Todos os meses, o corpo se prepara para uma possível gravidez e trabalha para que o útero esteja pronto para que haja fecundação.
A menstruação ocorre quando não há a nidação do embrião no útero da mulher. Assim, o tecido que reveste a parede interna do útero, o endométrio, sofre alterações hormonais e descama. A descamação do endométrio, é a expulsão de sangue e de tecido, que fica no interior uterino por alguns dias, o que caracteriza o início do fluxo menstrual.
O sangramento da menstruação normalmente dura entre três e sete dias, continuamente. É abundante e com de cor vermelha, bem viva. Principalmente nos primeiros dias. Pode vir acompanhado por alguns coágulos; e costuma vir intenso e depois fica mais leve no final. Em alguns casos é tão intenso que pode confundir as mulheres, que chegam a pensar que pode se tratar de alguma hemorragia. Cólicas uterinas podem ocorrer antes do sangramento e continuar durante a menstruação.
Nidação ou Menstruação? Tanto a nidação, quanto a menstruação, ocorrem pela descamação do endométrio, mas por razões diferentes. Enquanto a nidação ocorre pela ruptura de vasos devido à aderência do embrião no endométrio, a menstruação flui justamente pela ausência de embrião.
O que é a nidação?
Entende-se por nidação o processo de fixação do óvulo que foi fecundado na trompa e migrou para o útero.
O processo ocorre tanto em gestações naturais quanto em tratamentos de reprodução assistida. Leva, em média, cinco a sete dias para ocorrer. Ou seja, da formação do zigoto até a implantação no útero, todo esse caminho a ser percorrido pode demorar cerca de uma semana.
Esse tempo pode variar de acordo com o ciclo de ovulação de cada mulher. Sendo de cinco a sete dias a média definida, para começar a contagem das semanas gestacionais.
Nesse processo de fixação do zigoto pode ocorrer um leve sangramento, com duração média de três dias. Esse sangramento ocorre, pois, ao se aderir ao endométrio, esse zigoto colabora para o processo de descamação de pequenas partes da camada endometrial, que são expelidas pelo organismo.
O sangramento da nidação geralmente dura poucas horas e não passa de 3 dias. Não é contínuo e costuma ser bem leve. Possui tom rosado ou marrom, semelhante à borra de café. E as cólicas uterinas muito mais leves ou inexistentes.
A nidação pode ser facilmente confundida com escapes fora do período menstrual. Por isso, é importante que a mulher, tentante ou não, tenha acompanhamento ginecológico e relate tais situações ao médico.
Como diferenciar Nidação ou Menstruação?
Diante de tanta semelhança, como diferenciar então Nidação ou Menstruação?
A diferença está, principalmente, no tempo de ocorrência. Enquanto o ciclo menstrual dura entre 5 e 7 dias, a nidação acontece por no máximo três dias.
Vale lembrar que o corrimento de nidação não tem um fluxo específico, ele acontece de forma natural. Ou seja, é possível que ele chegue pela manhã, pare, e volte algum tempo depois. Ao contrário da menstruação, que tem ritmo contínuo na maioria das mulheres.
A coloração da menstruação e da nidação também são diferentes. Assim como os aspectos relacionados à textura de ambas.
Além disso, a nidação pode ocorrer fora do período menstrual, sendo mais comum durante ou após o período fértil. Se você está na tentativa de engravidar, permaneça atenta até o 10º dia depois da ovulação.
Se houver fecundação de fato, esse sangramento de nidação pode acontecer no início do que seria o seu ciclo menstrual habitual. Ou seja, no 28º dia do ciclo menstrual, no caso de uma menstruação regular.
Por outro lado, outras hipóteses devem ser consideradas para a existência desse sangramento. Em alguns casos, a menstruação pode começar rala, até ganhar forma e se tornar mais espessa posteriormente, não havendo fecundação.
Alguns sintomas recorrentes na gravidez podem acompanhar o curto sangramento, como náuseas, vômitos e sonolência. Mas isso não significa, de fato, uma gravidez! Por isso é tão importante realizar acompanhamento médico. Uma gestação só pode ser comprovada após a realização do exame Beta HCG Quantitativo.
“A confusão entre a nidação e a menstruação é mais fácil quando a mulher está em processo de engravidar. Muitas tomam medicamentos para se preparar, e quando o sangramento ocorre fora do ciclo tradicional, os indícios apontam para uma possível gestação”, conta o Dra. Andreia Garcia, do IVI Salvador.
Após a nidação
A gravidez ocorre quando o zigoto se implanta na camada do endométrio e, de lá, passa a ter acesso a oxigênio e nutrientes para o desenvolvimento do saco gestacional e crescimento do feto. Se a mulher identificar qualquer sintoma de gravidez, o ideal é fazer um teste para confirmar a suspeita.
Caso o resultado seja positivo, ela deve procurar um obstetra e dar início ao pré-natal.
De qualquer forma, os médicos sempre deixam um alerta para as mulheres: apesar de ser um sinal de gravidez, o sangramento pelo canal vaginal pode ser causado por diversos outros fatores. Por isso, é importante que essa paciente esteja em contato com um médico especialista em reprodução assistida para descobrir a causa, caso de fato não seja a gestação. E até iniciar um tratamento específico, se for necessário.
“A mulher precisa se cuidar. O corpo dá sinais sutis e, às vezes, terminam sendo interpretados de forma equivocada. O melhor mesmo é realizar os exames de rotina e ser acompanhada por um médico de confiança”, conclui a especialista.
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