Recentemente foi publicado no jornal científico Human Reproduction um estudo científico liderado pelos especialistas em fertilidade do IVI Professor Carlos Simon e Dr. Xavier Santamaria, que dá esperança de ser mãe para mulheres com endométrio fino (Atrofia Endometrial) e Síndrome de Asherman. O estudo demonstrou pela primeira vez que a terapia de transplante autólogo, que usa células tronco da própria paciente, pode melhorar de forma significativa essas desordens menstruais. Dois bebês nasceram e duas gestações estão em curso graças aos benefícios do tratamento!
A Síndrome de Asherman é uma condição uterina que se caracteriza pelas aderências fibrosas que causam problemas como aborto e infertilidade. 5% da população mundial feminina é portadora dessa Síndrome que pode ser diagnosticada através da histeroscopia.
Atrofia Endometrial é outra condição uterina também conhecida como “endométrio fino” porque é caracterizada por provocar que o tecido endometrial tenha uma grossura inferior a 5mm, o que causa sérias dificuldades para engravidar. Muitos tratamentos até hoje foram provados para tratar o endométrio fino, no entanto nenhum conseguiu resultados muito efetivos. Entre 0,6-0,8% das mulheres em tratamentos de reprodução assistida têm atrofia endometrial.
Como é o tratamento?
A terapia de transplante autólogo (Autologous Stem Cell Therapy) envolve células-tronco coletadas no sangue da própria paciente. O sangue é tratado e injetado nas pequenas artérias do útero com o objetivo de reativar o endométrio, que é a parede interna do útero, essencial para que a gravidez aconteça.
O estudo realizado envolveu mulheres de 30 a 45 anos afetadas pela Síndrome de Asherman e pela Atrofia Endometrial. Antes de iniciar a pesquisa, cada paciente realizou uma série de testes para medir a espessura do endométrio e realizar o mapeamento dos níveis de aderências intrauterinas existentes. Os testes foram repetidos após 3 meses e então, a terapia genética de transplante autólogo foi iniciada. O processo foi repetido após 6 meses.
Os resultados demonstraram que quase todas as pacientes que receberam o tratamento apresentaram melhoras em sua cavidade uterina após 2 meses de terapia. A espessura endometrial também melhorou, passando de 4,3mm para 6,7mm. Como resultado até o momento, dois bebês já nasceram e outras duas gravidezes estão em curso.
A pesquisa liderada pelos especialistas do IVI demonstrou a segurança da Terapia de Transplante Autólogo de Células-tronco nesta primeira fase do estudo. A segunda fase é conseguir que as mulheres portadoras de AS e EA consigam obter a gravidez espontânea, ou seja, de forma natural.
“Considerando que a Síndrome de Asherman e a Atrofia Endometrial são condições sem cura, os resultados desse estudo são muito significativos”.
Você conhece a Fundação IVI?
A Fundação IVI é a primeira fundação espanhola dedicada à investigação aplicada na área de reprodução humana que oferece um serviço que é científico, educacional e social. É parte do parque científico de ciência e tecnologia da Universidade de Valência, sendo também parte do departamento de pesquisa científica do grupo IVI.
19 Comentários
Já tive 5 gestações, infelizmente perdi todas, fiz vários exames, mas foi na videoesteroscospia que descobri que tenho o útero atrófiado. Já sofri muito com tudo isso, mas não perco minha fé e esperança…
Boa tarde! É necessário agendar uma consulta com um especialista em reprodução humana para avaliar seu caso. E ter fé é muito importante sempre!
Quero engravidar estou com meu endométrio fino tenho 39 anos oque devo fazer
Boa tarde! É necessário agendar uma consulta com um especialista em reprodução humana. Para maiores informações estamos a disposição: 71. 3014-9999.
Olá sou Aurora, tenho Adenomiose difusa grau 3, aderencia uterina, não consigo engravidar nem com FIV, será que com esta nova tecnologia do transplante endometrial com celulas tronco pode ajudar neste caso?
Olá, me chamo Sabrina. Tenho 29 anos, 1 filho de 9 anos, não menstruo há mais de 1 ano e 3 meses. Possuo endométrio fino, já fiz e refiz exames de sangue e ultra vaginal. Fui em vários ginecologistas, e todos dizem a mesma coisa, que não poderei mais engravidar, e se ACASO engravidar eu com toda certeza aborto. Porém meu caso é bem pior, porque eu tenho um cavernoma, no qual eu não posso utilizar de hormônios, então não ” me previno”, minha dúvida é, tenho possibilidade sim de engravidar nessa situação? Sou casada, então fico apreensiva com tudo isso..
Sabrina, boa tarde! Só médicos especialistas podem diagnosticar e esclarecer suas dúvidas.