O grupo IVI está envolvido em diversas pesquisas com o objetivo de melhorar as chances de sucesso dos tratamentos de reprodução humana não apenas ajudando os casais a engravidarem, mas principalmente assegurar que a gravidez seja segura e o bebê nasça com saúde. O mais recente fruto dessa missão foi a comprovação da eficácia do tratamento de progesterona vaginal para gestantes de gêmeos com colo uterino curto para prevenir o risco de complicações graves para a vida e saúde do bebê.
Publicado na revista científica Ultrasound in Obstetrics and Gynecology, o estudo internacional realizado pelo Instituto Universitário IVI Valência e Hospital La Fé de Valência comprovou com evidências sólidas que o tratamento com progesterona vaginal reduz o risco de parto prematuro, de sequelas da prematuridade no bebê e inclusive reduz o risco de morte neonatal de 22% a 11%.
303 gestantes de gravidez de gêmeos com um colo uterino igual ou inferior a 25mm no segundo trimestre de gestação participaram da pesquisa que apresentou os seguintes resultados positivos:
- Redução de partos prematuros antes da semana 33 (de 43% a 31%)
- Redução de 30% da taxa de bebês nascidos com problemas respiratórios
- Redução de 46% da taxa de necessidade de ventilação mecânica assistida para bebês prematuros
- Redução de 22% para 11% da taxa de morte de recém-nascidos
O tratamento de progesterona vaginal também é eficaz para reduzir o risco de parto prematuro para as gestações únicas que tenham o problema de colo uterino curto. Algo que já havia sido constatado em estudos anteriores.
Colo uterino curto
O colo uterino é a parte baixa do útero. Antes do parto, no final da gravidez é normal que o colo uterino encurte. No entanto, quando esta redução acontece de forma prematura entre o quarto e quinto mês da gestação o risco de que o parto aconteça antes da hora é grande.
Por que a progesterona é importante?
A progesterona é um dos hormônios mais importantes durante a gravidez e também fundamental para o equilíbrio da fertilidade da mulher. Durante o ciclo menstrual ele atua principalmente após a ovulação, que é o período em que caso o óvulo tenha sido fecundado, o corpo começa a se preparar para ajudar o embrião a implantar-se no útero.
Os ovários e as glândulas supra-renais se encarregam da produção da progesterona, e durante a gravidez este hormônio também será produzido pela placenta para manter o desenvolvimento adequado do bebê e inibir a produção de leite materno durante a gravidez.
Os tratamentos de reprodução humana e as gestações múltiplas
A gravidez múltipla deixou de ser um risco nos tratamentos de fertilidade com o avanço da tecnologia para o controle da estimulação ovariana na inseminação artificial e a norma do Conselho Federal de Medicina com relação ao número de embriões que podem ser transferidos ao útero materno na fertilização in vitro.
Estas medidas permitiram que a gravidez múltipla de mais de dois bebês seja muito rara e que a gravidez de gêmeos fosse reduzida. Atualmente as chances de engravidar de gêmeos em um tratamento de reprodução humana está em torno a 30%.
A intenção dos especialistas é garantir uma gravidez saudável e reduzir os riscos para a mãe e também para o bebê. Por isso, a técnica de SET que consiste na transferência de um único embrião saudável morfologicamente e também geneticamente. Uma prática em crescimento nas clínicas de reprodução humana de todo o mundo.
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