Existe uma relação entre Obesidade e Infertilidade, já que o excesso de peso pode ser uma das dificuldades para conceber um filho, por este motivo, antes de engravidar ou submeter-se a um tratamento de reprodução humana, os ginecologistas recomendam um plano de redução de peso e modificar os maus hábitos nutricionais ao menos entre três e seis meses antes de buscar o bebê de maneira natural ou, antes do tratamento de reprodução assistida, já que entre 30 e 40% das mulheres com obesidade enfrentam dificuldades para engravidar.
“É importante que os profissionais da saúde façam um assessoramento pré-natal sobre o controle de peso nas mulheres que desejam conceber para prevenir e tratar esta epidemia”, explica o Dr. Bellver, ginecologista do IVI Valência e autor do estudo Female obesity: short- and long-term consequences on the offspring (Obesidade feminina: consequências a curto e longo prazo na descendência).
O risco de complicações obstétricas é três vezes maior em obesas e aumentam as taxas de aborto com o dobro de risco de morte fetal que as mulheres com peso normal e de parto prematuro. “A obesidade não só afeta a mulher na gravidez e pós-gravidez, também é um fator de risco importante para doenças crônicas, como doenças cardíacas, síndrome metabólica e diabetes tipo II, na adolescência e na idade adulta de seus filhos; razão pela qual é recomendável engravidar estando em um peso normal para ter melhor resultado obstétrico”, afirma Dr. Bellver.
Programação fetal: mães obesas, filhos obesos
O estudo Female obesity: short- and long-term consequences on the offspring, demonstra que o excesso de peso não apenas tem consequências para as mães, mas também ao desenvolvimento de sua descendência.
Isto acontece porque as condições no útero materno têm efeito sobre a fisiologia fetal conhecida como “programação fetal”, ou seja, o ambiente onde se desenvolve o feto condiciona seu desenvolvimento durante a vida pós-natal e adulta. Este conceito é também chamado “memória metabólica” e influencia, por exemplo, que a obesidade seja um problema perpétuo e autogerido.
Neste sentido, os filhos de mães com excesso de peso têm 40% mais probabilidade de padecer de obesidade, o que sugere que alguns mecanismos contra a obesidade sejam estabelecidos antes do parto. “É evidente que a compreensão de padrões procedentes das diferentes gerações na família, tanto por parte do pai, quanto por parte da mãe, podem ser particularmente importante para desenhar estratégias preventivas com o objetivo de diminuir a obesidade”, conclui Dr. Bellver.
Você sabia?
– Se a mãe está dentro do IMC normal e o pai é obeso, o risco de obesidade afetaria só os filhos homens e não as filhas mulheres. No entanto, se a mãe é obesa isto afeta tanto os descentes homens como mulheres.
– Os fatores étnicos claramente afetam a tendência a engordar durante a gravidez: Mulheres afrodescendentes são mais propensas a ganhar peso em excesso durante a gravidez e as asiáticas têm maiores possibilidades de ganhar menos peso que o recomendado.
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