janeiro 2, 2023

Estrogênio: como o hormônio age no corpo da mulher?

estrogênio

Comitê Editorial IVI Salvador

O estrogênio é um hormônio muito importante para a mulher. Para que o corpo humano trabalhe de maneira ideal, é preciso que cada órgão receba as ordens exatas. Os hormônios são os mensageiros dessas ordens, e a classe dos estrogênios é uma das mais importantes.

Ele começa a ser produzido na adolescência e é fundamental para o desenvolvimento de características femininas, como o crescimento dos seios e dos pelos pubianos. Além de mudar a anatomia da mulher, ele muda as células e até a sua personalidade e é produzido até a menopausa.

Baixa dosagem de estrogênio pode resultar em baixa autoestima, depressão, medo, ansiedade e irritação. Quando a mulher está perto de menstruar, a baixa dosagem pode levar às dores de cabeça. Na menopausa, agrava os problemas musculoesqueléticos.

No entanto, o estrogênio alto também pode trazer consequências indesejáveis tais como dores nas mamas, alterações de humor, retenção de líquido e ganho de peso que pode evoluir para problemas de saúde mais graves, como diabetes, hipertensão arterial e síndrome metabólica. Em colaboração com outros hormônios, o estrogênio é muito importante para a fertilidade.

“Os hormônios são a orquestra do nosso corpo. O estrogênio participa da regulação da taxa metabólica basal e do metabolismo de insulina, mantendo os níveis de glicose estáveis. Por isso, na menopausa, quando as mulheres reduzem a sua produção natural de estrogênio, elas se sentem mais cansadas, desanimadas, perdem músculo e ganham peso”, explica a Dra. Isa Rocha, do IVI Salvador.

A produção de estrogênio 

O estrogênio é produzido nos ovários, nas glândulas suprarrenais e nas células de gordura. Durante a puberdade, esse hormônio promove mudanças no corpo da menina. Fazendo com que apareçam os pelos, acentuem as curvas e cresçam os seios.

Internamente, outras transformações acontecem e preparam o aparelho reprodutivo para a vida adulta. Todos os meses, o estrogênio também participa do controle do ciclo menstrual. Este hormônio tem um papel fundamental no preparo do endométrio para que haja a implantação.

Se não houver gravidez, os níveis diminuem rapidamente e a mulher menstrua. Porém, caso tenha acontecido a implantação, o estrogênio e a progesterona ajudarão na sua manutenção até que a placenta esteja formada e pronta para sustentar a gravidez.

A deficiência de estrogênio aumenta as ondas de calor na menopausa, causa ressecamento vaginal, insônia e problemas de memória. Porém, quando o estrogênio está muito elevado, aparecem sintomas desconfortáveis e o risco de certas doenças aumenta.

O excesso de estrogênio

Altos níveis de estrogênio podem causar problemas de saúde não somente na mulher. Afinal, tanto mulheres quanto homens produzem estrogênio. O balanço entre esses hormônios em cada gênero e o nível certo é fundamental para a saúde. Para diagnosticar o excesso de estrogênio, é realizado um exame de dosagem no sangue.

Os sintomas desse excesso na mulher são: ganho de peso, inchaço e dor nas mamas (podendo ocasionar cistos), menstruação irregular, TPM intensa e até queda de cabelo.

O hiperestrogenismo pode dificultar também a gravidez. Ele está associado à ausência de ovulação. O desequilíbrio na produção de estrogênio pode trazer problemas sérios de saúde e dificultar o projeto de ter um bebê.

O estrogênio baixo

“A baixa desse hormônio interage com substâncias químicas em receptores cerebrais que controlam o humor da mulher. Os níveis reduzidos podem deixar a mulher mais ansiosa ou com labilidade no humor. A falta ou até mesmo a baixa desse hormônio pode afetar a pele, deixando-a mais ressecada”, comenta Dra. Isa.

O desequilíbrio hormonal também afeta o humor e o comportamento das mulheres. A TPM está aí para provar isso todos os meses. Ocorre que uma queda nessa produção acaba modificando também os níveis de neurotransmissores importantes, como a dopamina, a serotonina e a noradrenalina.

Existem alguns problemas típicos do trato urinário que costumam aparecer com maior frequência quando a mulher apresenta deficiência de estrogênio.

Como a deficiência de estrogênio afeta a distribuição de gordura corporal, ela também mexe com os níveis de triglicerídeos. Essas taxas acabam subindo, o que aumenta as chances de um ataque cardíaco (infarto) ou mesmo de um acidente vascular cerebral (AVC).

Outra situação muito comum em mulheres durante o período da menopausa é o desenvolvimento de problemas nas articulações. Elas costumam ficar mais rígidas, pois a produção do líquido lubrificante que existe na região diminui. Isso aumenta o desgaste ósseo e também de partes moles, como os meniscos, amortecedores presentes no joelho. As consequências disso são dores e inflamações no local.

Como aumentar o estrogênio naturalmente 

Cuidar da alimentação ajuda a melhorar os níveis de estrogênio. O que você coloca no seu prato pode funcionar e ajudar o funcionamento do seu corpo. Por isso, ter uma dieta balanceada, faz toda a diferença!

Um dos alimentos mais importantes para incluir na rotina alimentar é a soja (e todas as suas variações). Os grãos carregam isoflavona, molécula que, no organismo, têm ação semelhante à do estrogênio. Ela é um alimento que ajuda a diminuir os riscos de câncer.

Não deixe também de ingerir linhaça, que é rica em fitormônios. Reduza o consumo de gorduras, açúcares e cafeína. Dê sempre preferência aos alimentos frescos. Algumas vitaminas são especialmente importantes para a regulação dos hormônios.

A vitamina D3, presente em óleos vegetais (como o azeite de oliva) e nas oleaginosas (como a castanha-do-pará), é essencial para reforçar a ação do sistema imunológico e melhorar a absorção de cálcio pelo organismo. A vitamina C, encontrada nas frutas cítricas (como limão, laranja e acerola), é necessária para a síntese dos hormônios ovarianos.

A vitamina B6 existente em ovos, cereais integrais e grãos em geral, é indispensáveis para melhorar o bem-estar, além de atuar na formação de neurotransmissores, como o triptofano.

Alimentos como espinafre, alface, rúcula e brócolis são ricos em ácido fólico, folato e vitamina B9, responsáveis por melhorar a ovulação. Frutos-do-mar e peixes em geral são ricos em zinco. Esse mineral auxilia na síntese dos hormônios responsáveis por regular as funções ovarianas, principalmente o estrogênio.

Grãos, cereais integrais, sementes, oleaginosas e beterraba são fontes de magnésio. Ele atua no bom humor, na formação de neurotransmissores e no relaxamento muscular. Já o ferro estimula a fertilidade. Vale lembrar que ele não é encontrado apenas nas carnes. Sementes de abóbora, por exemplo, também são ricas em ferro.

O leite e seus derivados são fontes de cálcio e ajudam a melhorar a ovulação. Além disso, ele é importante na contração muscular e na manutenção da massa óssea.

Para melhorar ainda mais os resultados, associe todas essas mudanças na alimentação a uma vida com hábitos mais saudáveis. O exercício físico, em intensidade moderada, por exemplo, é uma forma de estimular o organismo a manter níveis melhores desse hormônio, além de ajudar a proteger contra o câncer de mama.

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