Ooforite ou ovarite, como também é conhecida, é uma inflamação no ovário, que pode acometer apenas um ou ambos os órgãos (ooforite bilateral).
Normalmente é causada por bactérias que afetam o sistema reprodutor feminino, como estreptococos, estafilococos, gonocócica (gonorreia) ou bacilos do grupo coli.
Pode ainda ser ocasionada por bactérias intestinais que eventualmente migram para o aparelho reprodutor, devido a algum fator imunológico.
Mulheres que possuem endometriose são mais suscetíveis a essas inflamações.
“A Ooforite costuma causar desconfortos pélvicos e dores durante as relações sexuais, podendo até levar à infertilidade, caso não seja tratada de forma adequada”, explica o médico Fábio Vilela, do IVI Salvador.
Ocorrência e detalhes da Ooforite
Embora seja rara, por conta da grande resistência da estrutura dos ovários e da sua localização de difícil acesso a germes patogênicos, geralmente a Ooforite é causada por bactérias que comprometem o sistema reprodutor feminino.
Por isso, isoladamente, ela é uma condição pouco comum e mais frequentemente, costuma ser uma extensão do comprometimento da trompa de Falópio, tubo que liga os ovários ao útero, cuja infecção chama-se salpingite.
Em alguns casos, entretanto, a ooforite pode ser desencadeada por problemas no sistema imunológico, que acaba produzindo anticorpos atacando os próprios ovários.
Os principais sintomas da Ooforite
Os principais sintomas da Ooforite são dificuldade para engravidar, dores pélvicas, entre outros.
Quando os ovários ficam inflamados por conta dessa doença, os sintomas costumam ser bastante desconfortáveis para as mulheres. No entanto, eles podem ser parecidos com outras doenças do sistema reprodutor feminino, como endometriose, cisto no ovárioo, gravidez ectópica e inflamação das tubas uterinas.
“Por esta razão, o diagnóstico rápido é fundamental para que o tratamento seja precoce e complicações sejam evitadas. É necessário que a mulher tenha um olhar atento consigo mesma, que promova o autocuidado”, complementa o médico.
Os sintomas mais comuns da Ooforite incluem dor pélvica de moderada a forte, com extensão para a parte inferior do abdômen, dor para urinar, dor ou desconforto durante as relações sexuais, corrimento ou sangramento vaginal fora do período menstrual e até febre constante acima de 37,5 graus.
Podem ser sinais da doença, ainda, mal-estar, enjoos e vômitos e, claro, a dificuldade para engravidar.
Os tipos de Ooforite
A doença pode se apresentar de três maneiras diferentes. A Ooforite aguda costuma ocorrer em apenas um único episódio, normalmente sendo causado por bactérias que atingem um ou os dois ovários ou em decorrência de complicações da caxumba. O tratamento, neste caso, é com antibióticos e anti-inflamatórios.
Já no tipo crônica, a Ooforite acontece com recidivas, ou seja, mais de um episódio em poucos intervalos. A causa pode se por uma inflamação das tubas decorrente do refluxo sanguíneo, como na endometriose, que acaba comprometendo os ovários.
Em quadros graves, que não exista resposta ao tratamento, os médicos podem indicar a realização de uma ooforectomia, que é a cirurgia para a retirada dos ovários.
Existe ainda a Ooforite autoimune, uma condição rara. Normalmente é causada por um descontrole do sistema imunológico, que passa a produzir anticorpos que começam a atacar os próprios ovários da paciente, causando a destruição das células do órgão e podendo até levar à infertilidade.
Como diagnosticar e tratar a Ooforite
O diagnóstico da Ooforite é complexo porque seus sintomas físicos não são tão específicos e podem ser facilmente confundidos com outras doenças do sistema reprodutor feminino.
Além do exame clínico ginecológico, o médico pode solicitar exame de sangue completo, exame de urina, ultrassonografia pélvica, radiografia do abdome ou até mesmo uma videolaparoscopia ginecológica, para casos mais complexos.
O tratamento para Ooforite
O tratamento da Ooforite vai depender do tipo da doença e da gravidade do quadro da paciente. Somente um ginecologista, de posse de todos os resultados dos exames e da análise clínica, poderá fazer um diagnóstico preciso para a confirmação da doença e indicar o melhor tratamento.
O tratamento deve ser feito com medicações específicas para combater os agentes infecciosos diretamente nos ovários, além de outras medicações sintomáticas para dor, febre ou vômitos, conforme os sintomas apresentados em cada caso.
Geralmente, são prescritos antibióticos orais ou supositório vaginal. Além disso, também são prescritos anti-inflamatórios ou analgésicos para a dor, para ajudar a aliviar esses sintomas e conter a inflamação.
Em casos de inflamação crônica ou inflamação das trompas, a internação pode se fazer necessária para o uso de remédios intravenosos e outras medicações mais potentes.
Já casos mais graves de inflamação crônica e autoimune, pode-se indicar cirurgia para tratar o problema, incluindo a retirada dos ovários.
“Independentemente de como será o tratamento, a mensagem é sobre a importância da prevenção, do autocuidado e das visitas regulares ao médico. O ideal é sempre procurar um especialista de sua confiança, para avaliar. E lembre-se: o tratamento deve ser personalizado. Nem sempre o melhor para uma paciente é o melhor para outra. Cada caso, é um caso”, finaliza o médico.
Ooforite e sua relação com a infertilidade
A Ooforite só poderá causar uma infertilidade permanente quando não for diagnosticada a tempo ou não tratada da maneira adequada, principalmente quando a doença é do tipo crônica e autoimune.
Em casos mais graves de ooforite crônica, em que a paciente não responde ao tratamento medicamentoso, pode-se indicar a cirurgia de retirada dos ovários, a ooforectomia, fazendo com que a mulher entre em menopausa por conta do procedimento cirúrgico.
Já em casos de ooforite do tipo autoimune, a infertilidade é provocada pelos ataques às células ovarianas, que acarretam a falência do órgão.
Em casos menos graves, em que a doença é descoberta de forma precoce e devidamente tratada, a infertilidade é temporária, voltando ao normal com o passar do tempo, após o tratamento.
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