A fundação IVI e a empresa QUIBIM SL assinaram uma parceria de colaboração para o desenvolvimento de um projeto científico na área de doenças ginecológicas e reprodutivas. Especificamente, o objetivo é conseguir através de ultrassonografia identificar a receptividade endometrial em tratamentos com óvulos doados.
Através de algoritmos computadorizados de imagem, a pesquisa tem o foco na análise e desenvolvimento de biomarcadores de imagem obtidos por ecografia que caracterizem a receptividade endometrial, que é um fator chave para a reprodução humana e fundamental para os tratamentos de Fertilização in Vitro (FIV).
Na parceria, o Professor José Remohí, presidente e Fundador do IVI coordena o projeto e Dr Ángel Alberich, fundador e diretor de QUIBIM, SL, que é uma spin-off do Instituto de Investigación Sanitaria La Fe, é o cientista responsável.
O que é receptividade endometrial?
A receptividade endometrial se caracteriza pelo momento em que o endométrio, que é o tecido que reveste o útero por dentro, está pronto para receber o embrião e ajudar na sua implantação e desenvolvimento.
Existem muitos estudos sobre o embrião, porém os estudos sobre o endométrio e o seu papel na implantação embrionária são mais recentes. Apesar disso, as descobertas têm demonstrado que a receptividade endometrial é fundamental para o sucesso da gravidez.
O teste de receptividade endometrial ERA, é um bom exemplo de estudo genético para identificar e ajustar o melhor momento de transferência do embrião de acordo com cada paciente. Este teste é primordial para que ao redor de 25% das pacientes dos tratamentos de Fertilização in Vitro consigam engravidar, já que esta é a porcentagem da população com janela de implantação fora do padrão, ou seja, que não irá conseguir engravidar se a transferência do embrião for realizada no período em que tradicionalmente é estabelecido pelos protocolos não personalizados.
Transferindo o embrião fora do período de receptividade endometrial, o sucesso do tratamento é comprometido.
Pilares da Fundação IVI
Pesquisa científica, docência, responsabilidade social e coorporativa são os pilares da Fundação IVI e base para o avanço da medicina reprodutiva, que em grande medida se relaciona com a nossa fundação, que está ativa desde 1997 com uma equipe de perfil docente e de pesquisadores com mais de 600 pessoas.
Na colaboração com QUIBIM, SL, assim como aconteceu e acontece com outras colaborações que a Fundação IVI estabelece para o desenvolvimento científico e clínico das técnicas de reprodução humana, estamos animados em unir forças com as mentes mais prodigiosas do mundo em prol da saúde e fertilidade.
A evolução dos tratamentos de reprodução humana
Para que nascesse o primeiro bebê fruto de um tratamento de Fertilização in Vitro, o primeiro médico a conseguir o sucesso do tratamento fez exatamente 102 tentativas! Isso foi em 1978.
Desde o primeiro êxito de FIV, os tratamentos foram evoluindo para reduzir o risco de nascimento de múltiplos e aumentar as possibilidades de sucesso por tentativa. Hoje a família que enfrenta dificuldades de engravidar e também aquelas que querem evitar a transmissão de doenças genética hereditárias podem contar com uma medicina reprodutiva mais eficaz e segura.
Ainda há muita margem para avanços na medicina reprodutiva e por isso o grupo IVI investe muito em pesquisas científicas para tratamentos e técnicas de reprodução humana. Estas inovações precisam de anos de estudos e comprovações antes de poderem ser disponibilizadas aos pacientes e, por isso, exigem uma dedicação constante, que estamos orgulhosos de ter por contar com uma equipe apaixonada e comprometida com seu trabalho e preocupada e melhorar continuamente.
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