janeiro 13, 2020

Vasectomia e reprodução humana

Comitê Editorial IVI Salvador

A vasectomia nada mais é que um procedimento cirúrgico que interrompe a circulação dos espermatozoides produzidos pelos testículos. Assim, o esperma para de ser conduzido através do epidídimo (o tubo que se localiza na parte superior dos testículos). E por consequência, não consegue chegar nos canais deferentes que desembocam na uretra.

O procedimento representa um método contraceptivo muito seguro e bastante utilizada pelos homens. A vasectomia praticamente não altera a quantidade e a qualidade dos espermatozoides produzidos. Ela apenas altera o fluxo; já que eles não são mais liberados após o procedimento.

Homens com mais de 25 anos ou menor que 25 anos com 2 filhos vivos, podem fazer esse procedimento. Embora simples, a cirurgia necessita de autorização do casal. Então, se casados legalmente, o homem e sua companheira, devem assinar um termo contratual fornecido pelo médico urologista responsável pela cirurgia.

Após a realização da técnica, é necessário que o homem saiba que só conseguirá vir a ser pai, caso realize a reversão da vasectomia. Isso se o desejo for a paternidade por vias naturais. Caso contrário, o casal pode recorrer a métodos alternativos para realizar o sonho. Através de tratamentos da reprodução humana assistida.

“Como método contraceptivo, a vasectomia é uma das maneiras de prevenir a gravidez. Sua reversão por microcirurgia fornece uma taxa de permeabilidade de até 85% para aqueles homens que, porventura, desejem reverter”, explica a médica do IVI Salvador, Dra. Genevieve Coelho.

Reversão da vasectomia ainda tem baixa aderência

Mesmo cientes da possibilidade de reversão da técnica, um estudo do Programa Nacional de Saúde Sexual e Procriação Responsável aponta que apenas 4% dos homens que foram submetidos a uma vasectomia solicitam sua reversão.

A principal razão pela qual os homens tomam a decisão de reverter a vasectomia é a busca por aumentar a família. No entanto, como não é a única maneira de realizar o sonho da paternidade, alguns acabam optando por outras vias. Por exemplo, eles podem ser submetidos à técnica de fertilização in vitro (FIV), em que é realizada uma aspiração testicular para retirada de uma amostra de esperma.

Métodos de reversão

Existem dois procedimentos para tratar a infertilidade pós-vasectomia. A primeira opção é uma cirurgia de reversão. Trata-se de uma microcirurgia, na qual basicamente se realiza o religamento dos canais deferentes, que foram bloqueados na vasectomia.

Existe também o vasoepididimostomo, um procedimento no qual o epidídimo é reconectado ao ducto deferente. Para ambos os casos, são cirurgias de mais ou menos quatro horas de duração, que têm taxas de sucesso posteriores (gravidez) altas. Vale lembrar que quanto mais curto for o tempo decorrido entre a realização da vasectomia e a reversão, melhores serão os resultados. Mas os especialistas frisam que o sucesso da reversão da vasectomia não é 100% garantido e é importante ter isso em mente, até antes de cogitar pela adesão à técnica como método contraceptivo.

À parte da questão da realização da técnica de vasectomia, quando se pensa na reprodução, é fundamental considerar alguns pontos. Um deles é entender se a qualidade e quantidade de espermatozoides que o homem apresenta originalmente é adequada. Caso já haja algum distúrbio anterior à vasectomia, ele pode ser intensificado devido aos efeitos anatômicos que a vasectomia pode produzir.

Também nessa esfera de investigação anterior, quando um homem vasectomizado resolve ser pai, é essencial estudar o casal. Entender se as duas partes não têm nenhum problema de fertilidade, para entender de que forma a ciência e a reprodução assistida podem auxiliar.

“Antes de escolher entre reverter a vasectomia ou realizar uma aspiração de esperma, devemos levar em consideração alguns aspectos. Como o tempo decorrido desde a realização do procedimento, a idade do paciente, o número de filhos que ele deseja ter, quando ele deseja concebê-los e o custo da cirurgia. É essencial que o paciente tenha todas as informações possíveis antes de tomar a decisão ”, conclui Dra. Genevieve.

A medicina reprodutiva e a vasectomia

Caso os métodos de reversão não funcionem, a opção de tratamento é a realização de fertilização in vitro (FIV). Com uma injeção intracitoplasmática (ICSI), os espermatozoides são obtidos através de punções nos epidídimos (onde ficam armazenados no testículo). Procedimento realizado com uma agulha fina ou biópsia testicular. A taxa de sucesso desse procedimento é de cerca de 30% por tentativa.

Quanto mais jovem for a parceira, melhores serão as chances de gravidez. Caso o homem não tenha plena convicção, deverá ser aconselhado a não fazer esse procedimento e usar outros métodos contraceptivos. É importante informar que tanto a reversão da vasectomia, quanto a FIV não têm 100% de garantia de sucesso. Todo tratamento dependendo também do histórico do casal.

Congelamento de sêmen é indicado antes da cirurgia

O congelamento de sêmen antes da realização da vasectomia pode ser uma boa opção para aqueles que pensam na possibilidade de uma futura paternidade. E apesar de não ser um procedimento rotineiro, é uma possibilidade que pode ser indicada ao homem.

Mas vale lembrar que o congelamento seminal é indicado principalmente para pacientes que, por algum motivo, podem perder a fertilidade. Se submetidos a procedimentos que prejudiquem o processo de formação de espermatozoides (quimioterapia, radioterapia ou cirurgias), o congelamento é factível e pode ser discutido com os pacientes antes da vasectomia.

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