Nos dias de hoje, é comum encontrar mulheres que desejam engravidar, porém que não possuem o sistema reprodutor totalmente apto. Os motivos podem ser dos mais diversos. Mas graças ao avanço científico, o sonho da maternidade se tornou mais próximo com o tratamento de ovodoação.
Para o procedimento de ovodoação são utilizados óvulos de doadoras anônimas, previamente selecionadas. Elas passam por um processo de indução da ovulação, junto a uma clínica especializada. A ovodoação é um dos procedimentos oferecidos no IVI Salvador.
No Brasil, o Conselho Federal de Medicina permite que mulheres entre 18 e 35 anos doem seus gametas (óvulos) para outras que estejam tentando engravidar. Vale registrar que o Conselho também permite que homens de até 50 anos façam doação de sêmen.
Quem pode fazer o tratamento com Ovodoção?
A ovodoação é uma alternativa cada vez mais solicitada na reprodução assistida. Ela vem tornando possível, o desejo da maternidade para mulheres que de outra forma não poderiam ter filhos. Os óvulos doados são unidos aos espermatozóides do parceiro da receptora ou de um doador.
A união dos óvulos e espermatozoides é feita em um laboratório de fertilização in vitro. Nesse momento, são gerados embriões que serão transferidos para a receptora. Na maior parte dos casos, mulheres com falência ovariana precoce, que passaram por cirurgia ovariana, ou pacientes pós menopausa, são as principais candidatas ao tratamento de doação de óvulos.
A falência ovariana precoce ocorre quando a ausência de função do ovário acontece antes dos 40 anos. Nesses casos, as menstruações começam a ser irregulares ou até desaparecerem. Entre as causas, destacam-se fatores hereditários, processos infecciosos prévios, tratamentos anteriores de quimioterapia ou radioterapia, entre outros.
Existe um fator em comum entre os casais receptores de óvulos através de doação. Na grande maioria dos casos, eles já vivenciaram dificuldades em tentativas anteriores. Assim, recorreram a uma doação como melhor opção para mais uma oportunidade de uma gravidez saudável.
Os motivos de insucesso na fecundação in vitro podem ser diversos. Os principais deles são: baixa resposta (quando não há resposta à estimulação ovariana ou há um número baixo de óvulos); falha de fecundação em várias ocasiões após a realização de ICSI (microinjeção de espermatozoide); e falha de implantação embrionária após várias tentativas.
Recomenda-se ainda a doação quando os ovários da mulher são inacessíveis para a obtenção de óvulos. Também no caso de aborto de repetição por alterações cromossômicas nos embriões. Mulheres com mais de 40 anos, probabilidade de gravidez reduzida, risco de Síndrome de Down ou outras alterações cromossômicas também estão na lista.
O tratamento de Ovodoação
O tratamento de ovodoação é uma alternativa cada vez mais solicitada na reprodução assistida. A campanha realizada pelo IVI Salvador tem como objetivo ajudar casais que vivem o sonho da gestação, mas estão com dificuldades para engravidar. A ovodoação possibilita à mulher, a experiência da gestação e, ao homem, a transmissão de suas características genéticas.
No IVI, o casal terá acesso a um diagnóstico personalizado para poder definir qual tratamento será o mais adequado. Para isso, são examinados os pacientes e os seus antecedentes familiares. E checados dados como índice de massa corporal, reserva ovariana, entre outros.
O IVI é pioneiro em numerosas técnicas. O nascimento dos primeiros bebês do mundo com sêmen congelado proveniente de tecido testicular do próprio pai é uma delas. Outro exemplo é a primeira gravidez do mundo, de tecido ovariano congelado e reimplantado, de uma mulher pós-tratamento de câncer.
No Brasil, o IVI está presente em Salvador – Bahia. No exterior, conta com 65 clínicas distribuídas em diversos países. Argentina, Chile, Estados Unidos, Espanha, Itália, Panamá, Portugal e Reino Unido são alguns deles. Os centros contam com a mais moderna tecnologia de ponta.
Como doar óvulos
No Brasil, a comercialização de óvulos e de espermatozoides é totalmente proibida. A ovodoação – técnica em que a mulher pode gestar um embrião que não contenha suas características genéticas – só se faz possível a partir da doação de óvulos. A doação deve ser anônima, ou seja, a mulher que doa o óvulo (doadora) e aquela que o recebe (receptora), não tem acesso à identidade uma da outra.
Informações que revelam dados pessoais, como nome e sobrenome ou nascimento são restritas à clínica aonde o tratamento é realizado. Uma vez que a doadora se dispõe a doar seus óvulos, eles serão encaminhados para uma pessoa desconhecida.
Não é possível doar esse material para uma pessoa em específico. Isso ocorre justamente para inibir a prática da venda de óvulos. As regras valem tanto para casais heterossexuais quanto para homo afetivos e independem do gameta doado ser óvulo ou espermatozoide.
As doadoras devem ser mulheres saudáveis e ter entre 18 e 35 anos. Depois de excluídas patologias congênitas, doenças sexualmente transmissíveis e alterações cromossômicas, são submetidas a um processo de estimulação ovariana. A atribuição de uma doadora realiza-se com base nas características fenotípicas do casal e da doadora. Fatores como altura, peso, cor do cabelo e grupo sanguíneo são considerados.
Epigenética x ovodoação
Um dos questionamentos mais comuns à técnica é se existe algum elo genético entre a receptora e a criança que nasceu através da ovodoação. Algumas pessoas se mostram reticentes por achar que o bebê pode trazer uma carga genética da doadora dos óvulos.
Mas estudos mostram que o embrião tem vários fatores genéticos determinados dentro do útero, durante o seu desenvolvimento. Está comprovado, ainda, que há troca de sangue entre o feto e a mãe durante a gestação. É o que explica a epigenética.
A epigenética se aprofunda nos mecanismos bioquímicos complexos que alteram o funcionamento das células e até traços de hereditariedade sem mexer diretamente no DNA. Ou seja, através desses estudos, fica claro que passa a existir um forte elo, como em uma gravidez convencional.
“A ovodoação permite que uma mulher consiga gerar uma criança dentro do seu útero e, além disso, passe para o bebê características suas através dos seus hábitos”, explica Dra. Isa Rocha, especialista em reprodução assistida do IVI Salvador.
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