O dia 28 de junho é o Dia do Orgulho LGBTQIA+, uma data celebrada mundialmente em homenagem aos casais homoafetivos e que marca um dia de resistência das pessoas que frequentavam o Stonewall Inn, um bar em Nova Iorque, contra batidas policiais no ano de 1969. Naquele ano, os protestos duraram três duas consecutivos.
No ano seguinte, a data resultou na realização da 1ª Parada do Orgulho. De lá pra cá, as Paradas se multiplicaram pelas cidades de diversos países, levando a luta a todas as partes do mundo. No Brasil, a primeira Parada do Orgulho LGBT foi em São Paulo, em 1997.
A sigla LGBTQIA+ engloba pessoas lésbicas, gays, bissexuais, trans, queer, intersexuais e assexuais; entre outras expressões de gênero.
Muitas conquistas vieram desde 1969, mas também muito preconceito persiste e a luta segue! Luta por poder expressar orientação sexual ou identidade de gênero sem sofrer violência física ou moral, como em 38 dos 54 países da África onde a homossexualidade é criminalizada por lei.
No Brasil, mesmo diante de alguma resistência, a luta dos casais homoafetivos tem tido avanços. Inclusive os números de mortes resultantes de violência caíram em 2019 mais de 25%, pela pesquisa do Grupo Gay da Bahia (GGB).
Conquistas dos casais homoafetivos e igualdade
Enquanto o dia de orgulho chama atenção para a necessidade de combater a discriminação, o tempo vem trazendo algumas conquistas de direitos.
No Brasil, a união civil entre pessoas do mesmo sexo foi legalizada pelo Supremo Tribuna Federal em 2011. Depois disso, em 2013, o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) publicou uma resolução que permitiu que os cartórios passassem a registrar casamentos homo afetivos.
Outros fatos que marcam a luta são a presença, hoje, de representantes da defesa LGBTQIA+ em cargos políticos; o fato de já termos uma advogada transgênero a subir na tribuna do STF e de o SUS, Sistema Único de Saúde, já ter custeado cirurgia de mudança de sexo no país. No entanto, parecem ações simples, mas são formas de mostrar que a presença em todas as esferas da sociedade deve ser natural.
Outra grande conquista nesse tempo é a nova configuração de família. Hoje vemos – não só na realidade – mas também em novelas da ficção, núcleos familiares formados por dois pais ou por duas mães e seus filhos. Assim como também vemos mães e pais “independentes” que forma sozinhos as suas famílias.
Novas famílias surgem com o auxílio da ciência
Para quem luta por aceitação, ter uma base familiar fortalece e traz amor. Hoje, vemos muitos casais homoafetivos felizes, com seus filhos e, em boa parte dos casos, filhos que são biológicos, possibilitados pelo avanço da medicina reprodutiva.
No caso de casais formados por duas mulheres, o tratamento realizado é o Método ROPA. Uma das mulheres fornece seus óvulos e a outra gera o bebê. Nesse caso, o casal recorre a um banco de sêmen para possibilitar a gravidez entre as duas mulheres.
Se dois homens desejarem ter filhos juntos, também já podem realizar um tratamento de reprodução assistida através do sistema de ovododação e a utilização do útero solidário.
Em ambos os casos, a clínica IVI Salvador desempenha um papel importante para possibilitar a realização do sonho da família.
Método ROPA: quando o casal homoafetivo é formado por duas mulheres
O procedimento permite que a maternidade seja compartilhada entre duas mulheres. A sigla significa “Reception of Oocytes from Partner”. Uma expressão em inglês que traduzida para o português, quer dizer “Recepção de Óvulos da Parceira” ou “Maternidade Compartilhada”.
O Método ROPA tem como principal característica o tratamento de fertilização in vitro (FIV) compartilhado entre as duas mulheres. Uma delas vai fornecer os óvulos, que são colhidos através da punção ovariana. Esses óvulos serão fertilizados com o espermatozoide de um banco de sêmen e essa será a mãe genética.
A outra mulher recebe o embrião, que será transferido para o seu útero. Ela é que irá engravidar e levar adiante a gestação, até o parto. E dessa forma, as duas mulheres participam ativamente do processo de gravidez que trará o filho ao mundo.
A jornada do tratamento é sincronizada. As duas menstruações, tanto da mulher que doará os óvulos, como da que receberá o embrião, precisam coincidir. Normalmente se recorre ao uso de medicamentos e pílula anticoncepcional para igualar o ciclo menstrual das duas.
Na clínica IVI Salvador, é possível realizar todo o tratamento. Inclusive, a clínica conta com banco de sêmen e, por isso, está preparada para realizar todas as etapas e celebrar com as mamães a chegada do tão esperado bebê.
Útero Solidário: quando o casal homoafetivo é formado por dois homens
Quando um casal homoafetivo é formada por dois homens quer ser pai, ele também consegue através da medicina reprodutiva. Nesse caso, dentro da clínica, é coletado a amostra seminal de ambos, para avaliação em laboratório, do sêmen de maior qualidade para seguir com o processo.
O casal precisa de uma mulher que realizará a gestação. Chamamos esta mulher de útero solidário. Preferencialmente, alguém da família, com parentesco de até 4º grau (mãe, filha, avó, irmã, tia, sobrinha ou prima). Portanto, caso não tenha possibilidade entre parentes, o casal pode conseguir apoio com uma amiga, por exemplo. Mas, nesse caso, o processo passa para aprovação do Conselho Federal de Medicina. Ressaltamos que o útero solidário não deve ter caráter lucrativo e/ou comercial.
Após análise seminal de ambos, seleciona-se o sêmen de melhor qualidade. Ele é utilizado para gerar o embrião em laboratório, utilizando um óvulo fruto de ovodoação. Após desenvolvimento, o embrião é implantado no útero solidário para se desenvolver.
Na clínica IVI Salvador, realizamos o tratamento em ambos os casos de relações homoafetivas. Nós damos a possibilidade de um casal ser pais ou mães, independente da orientação sexual. Queremos realizar sonhos, acreditando que toda forma de amor vale a pena.
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