A cólica na gravidez é um dos efeitos considerados mais normais durante a gestação. Uma mulher que deseja se tornar mãe, sabe que são muitas as delícias da maternidade. E quando esse sonho começa a se realizar e a gestação tem início, essa mesma mulher sabe que pode enfrentar alguns desconfortos durante os meses que se seguem.
A cólica na gravidez aparece por conta das transformações que acontecem no corpo da mulher. E podem surgir no início da gestação, devido à adaptação do corpo da mãe ao crescimento do bebê. O que acaba afetando alguns sistemas, como o digestivo e o urinário. Podem também acontecer, de forma muito comum, na reta final, por volta das 37 semanas de gestação, dando indícios do início do trabalho de parto.
Porém, o incômodo na região do ventre apesar de ser comum nas mulheres grávidas, pode significar desde uma condição natural do corpo até um sinal de alerta. Existem outras situações que podem causar cólicas fortes e persistentes na gravidez.
Se as cólicas não pararem depois de um tempo ou vierem acompanhadas de sangramento vaginal, corrimento ou febre, é importante consultar o médico pré-natalista que está acompanhando a futura mamãe.
O que pode provocar cólicas na gravidez?
Durante a gravidez, principalmente nos primeiros três meses, o útero pode naturalmente apresentar movimentos mais intensos. Por conta disso, se você estiver grávida e sentir pequenos desconfortos, saiba que é normal. A expansão do útero, que está se adaptando ao neném, pressiona ligamentos, musculatura pélvica, outros tecidos e veias. Além de ocorrerem diversas alterações hormonais.
Justamente por isso, se movimente! Evite o sedentarismo, mas de maneira responsável! Procure a ajuda de um especialista em atividades para gestantes. A grávida precisa se exercitar, mas não deve fazer exercícios extenuantes e nem carregar peso em excesso.
Outra causa da cólica na gravidez é a alimentação. Se você estiver grávida e achar que pode comer qualquer coisa, se prepare para sofrer com desconfortos e cólicas intestinais. Uma alimentação bem cuidada ajuda inclusive a evitar gases e prisão de ventre, outros dois motivos que provocam dores e desconforto.
Lembrando que gases são motivos frequentes de cólicas, já que a progesterona, um hormônio da gravidez, deixa o intestino mais lento. É por isso que manter uma alimentação equilibrada é tão importante.
Beber bastante água e reduzir o consumo de alimentos que estimulem a formação de gases é importante, além de favorecer o transito intestinal.
Recomenda-se evitar os alimentos que têm digestão difícil, alimentos gordurosos, como frituras e massas, derivados do leite, e aqueles de fácil fermentação, tais quais feijão, lentilha, milho, brócolis e doces. Deitar após comer é outro hábito que pode colaborar na sensação de desconforto.
Alguns nutrientes devem ser consumidos por gestantes. Entre eles estão: vitamina C; acido fólico; fósforo, potássio, magnésio; e cálcio. “Levar uma vida, e a gravidez em si, de maneira saudável é a melhor forma de prevenir as cólicas. Boa alimentação e atividade física regular são importantes para promover uma adaptação às modificações que acontecem com o corpo”, explica o médico ginecologista, Dr. Agnaldo Viana, do IVI Salvador.
Sentir uma cólica leve após a relação sexual na gravidez também é normal. O orgasmo provoca contração uterina, por conta dos movimentos musculares do ato.
Como aliviar os sintomas das cólicas na gravidez?
Pequenas cólicas podem acontecer com frequência até o final do terceiro trimestre de gestação. Elas são semelhantes a cólica menstrual. Parece que vai descer a qualquer momento, e isso dá um desconforto bem grande. E não saber a origem da dor gera muita tensão.
Mas existem algumas dicas que ajudam a aliviar os sintomas das cólicas na gravidez. No entanto vale ressaltar que todas elas só podem ser utilizadas após a liberação do seu médico.
Entre elas estão: atividades físicas leves, como yoga e alongamento; ou ainda massagens que ajudem a diminuir o inchaço e relaxar os músculos. Para evitar a sobrecarga é recomendado também variações de postura e posições do corpo. Além de uso de analgésicos e antiespasmódicos.
Mas, se por algum motivo, você não conseguir evitar as cólicas, a principal recomendação médica é repousar para relaxar a musculatura pélvica. O repouso para o relaxamento muscular é a melhor alternativa. Vale atenção redobrada se as dores forem muito fortes. É uma situação que requer cuidado.
Porque no caso de dor acentuada, que não alivia com as medidas simples como um repouso, e vem acompanhada de febre e sangramento, ela deve ser imediatamente comunicada ao médico que tomará as devidas providências para resolver a situação.
Quando se preocupar com as cólicas na gravidez
Quando passa a existir um aumento na intensidade e na frequência das cólicas, e elas vem acompanhadas por outros sintomas, como febre, calafrios, vômitos e dor ao urinar, procure seu médico imediatamente. Nos primeiros três meses da gestação, elas podem indicar o risco de abortamento.
Já a partir do segundo e do terceiro trimestres, existe a possibilidade de um parto prematuro. O médico irá avaliar a origem dos sintomas e a medicação adequada para cada caso. Para ajudá-lo nesse diagnóstico, você pode prestar atenção no padrão da dor e descrever as suas características.
Algumas causas de cólicas com maior intensidade podem ser por malformações uterinas; disfunções placentárias; e alterações hormonais, como hipotireoidismo. Infecções urinárias também podem provocar cólicas, assim como miomas; e uma gestação ectópica (fixação do embrião nas trompas, ao invés de ocorrer no útero).
Cólica incomoda, mas é uma fase da sonhada maternidade
Carregar um bebê crescendo na barriga é uma experiência que mexe com todo o corpo. Por isso, alguns incômodos são absolutamente normais, entre eles algumas cólicas. Mesmo sendo um sintoma comum, você não deve brincar com a cólica na gravidez. Portanto, não hesite em procurar o médico se sentir que alguma coisa está errada.
O tratamento para a cólica na gravidez irá depender da causa, ou seja, do motivo que a está provocando. Baseado nisso, o médico irá avaliar e optar pela melhor forma de tratar.
O importante é respirar fundo nos momentos de cólica e manter a tranquilidade. Geralmente, elas não caracterizam alerta de risco. E saiba que todo esse processo passa e depois dele, a tão sonhada maternidade chega para encher a vida de emoções.
18 Comentários
Estou na terceira gestação, 9 semanas,e tbm não lembro de ter tido cólica nas duas primeiras. Agora estou mais aliviada RS,mas a preocupação não tem como não ter. Duram segundos,cólica chata como se fosse descer a qlqr momento.
Olá, meninas! Estou com 04 semanas e 5 dias. Comecei a sentir dores de cólicas hoje cedinho e fiquei muito preocupada pois é minha primeira gestação. Agora vendo os comentários estou mais aliviada.
Estou com 16 semanas e a uma semana começaram as cólicas ,estou em Pânico ,pois já perdi um prematuro ,fui ao pronto socorro e a ginecologista fez o toque disse q o útero tá fechado ,ouviu os batimentos,mas meu próximo pré natal tá longe ,tô desesperada ,n sei o q fazer ,,suponho q pode ser o fato de estar c um mioma ,mas n sou médica ,n sei o q fazer