Você sabia que a clamídia é a doença sexualmente transmissível de maior prevalência no mundo?
Quando ouvimos falar em DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis), imaginamos que essas doenças são propagadas apenas através de relações sexuais. É bom esclarecer que algumas podem ser transmitidas através do beijo e do toque na pele.
Também é importante saber que no ano de 2016, o Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis, Ministério da Saúde, alterou a sigla de “DST” para “IST” (Infecções Sexualmente Transmissíveis). O departamento entende que as pessoas que estão assintomáticas estão infectadas, porém, não estão doentes.
No Brasil não existem dados de infectados com a clamídia, porque não é uma doença de notificação obrigatória. O que se sabe é que a maioria dos casos ocorre em jovens com idade entre 15 e 24 anos.
O que é a clamídia?
Clamídia é uma bactéria denominada Chlamydia trachomatis que causa uma infecção sexualmente transmissível, causando infecção aos órgãos genitais. Mas, a clamídia também pode atingir a garganta e os olhos em alguns casos. Quando o avanço é grave, pode chegar até a faringe, chegando a causar problemas pulmonares. Nos olhos pode causar conjuntivite. Muitas vezes é uma doença silenciosa e pode atingir homens e mulheres na idade fértil e com vida sexual ativa. A clamídia é um dos fatores de infertilidade, tanto feminina, quanto masculina.
A transmissão da doença normalmente é por meio de contato sexual. Mas, também pode acontecer de forma congênita. Ou seja, quando a infecção é passada de forma vertical, da mãe para o bebê, durante a gravidez ou durante o parto. Caso a infecção seja transmitida para o bebê, pode causar conjuntivite ou pneumonia. O período de incubação é de aproximadamente 15 dias. É nesse período que pode acontecer o contágio.
Quais os sintomas da clamídia?
Muitas vezes a clamídia não apresenta sintomas. Por isso, em torno de 70 a 80% das pessoas não sabem que estão infectadas.
Os sintomas que mais ocorrem em mulheres infectadas com a clamídia são: corrimento claro ou amarelado, sangramento e durante as relações sexuais, e dor ao urinar. Já nos homens, podem ocorrer dores nos testículos, ardência ao urinar e corrimento com a presença de pus.
Se não for tratada, a infecção pode levar a algumas complicações. As principais delas são complicações na gestação, parto pré-maturo, gravidez tubária (quando ocorre nas trompas) e principalmente a infertilidade.
De que forma a clamídia afeta a fertilidade?
As Infecções Sexualmente Transmissíveis podem causar diversos problemas no sistema reprodutor tanto no homem, como na mulher. Nas mulheres, por exemplo, podem provocar obstrução das trompas, impedindo a gravidez natural. Nos homens, a clamídia é capaz de causar obstrução dos canais (epidídimos) por onde transitam os espermatozoides. A OMS (Organização Mundial da Saúde) informa que a prevenção mais eficaz é o uso do preservativo nas relações sexuais.
A clamídia é uma infecção bacteriana comum. Mas, ela pode causar a “Doença Inflamatória Pélvica” (DIP). A DIP ocorre quando os órgãos reprodutivos ficam inflamados e pode causar cicatrizes nos órgãos pélvicos femininos. Essas cicatrizes podem causar uma barreira, que dificulta ou impede que os espermatozoides consigam chegar até o óvulo.
A DIP pode levar a uma gravidez tubária ou ectópica. Uma situação maia complexa, na qual o óvulo e o espermatozoide se implantam nas tubas uterinas ao invés do útero. Além disso, a clamídia pode infectar as tubas uterinas, e também levar a infertilidade.
Qual o tratamento da clamídia?
O tratamento para a clamídia é realizado a base de antibióticos e a infecção é facilmente curada. O uso de antibióticos pode ser dose única, por 7 dias ou de acordo com a orientação médica. O tratamento só deve ser realizado após exames, avaliação e indicação do médico.
É importante que o casal seja tratado de forma simultânea para que não haja uma nova transmissão entre eles. Durante o período de infecção, o ideal é usar preservativo ou suspender as relações sexuais por 7 dias. Se o tratamento for realizado corretamente, é possível acabar de vez com a bactéria.
E se eu não conseguir engravidar?
Se a infecção por clamídia ou por qualquer outra infecção sexualmente transmissível levar a infertilidade, ou a dificuldade de engravidar, as técnicas de reprodução assistida podem ajudar na realização da maternidade.
A reprodução assistida engloba tratamentos de baixa e alta complexidade. Os tratamentos de baixa complexidade são a “relação sexual programada” e a inseminação artificial, conhecida como a sigla IA. Esses tratamentos normalmente são indicados quando a mulher tem ovulação irregular e o espermatozoide precisa de uma “ajuda” para chegar até o óvulo.
Quando falamos de tratamento de alta complexidade, estamos falando da fertilização in vitro (FIV). Na FIV, o óvulo é unido ao espermatozoide no laboratório, e após desenvolvimento embrionário, o embrião é transferido para o útero. Esse tratamento é indicado em casos mais graves de infertilidade, como por exemplo, a endometriose, alteração seminal, idade avançada da mulher, vasectomia ou laqueadura. A fertilização in vitro também é a alternativa para casais homoafetivos realizarem o sonho de ter um filho.
O tratamento ideal é indicado por um especialista em reprodução humana após avaliação do histórico do casal e dos exames de ambos.
Na clínica IVI Salvador, são realizados todos os tratamentos de reprodução. Uma equipe humana especializada em técnicas e tratamentos de reprodução assistida, apoiada em tecnologia de ponta e dedicada integralmente à atenção personalizada.
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