O plasma rico em fatores de crescimento, utilizado em tratamentos da medicina regenerativa, tornou-se um dos maiores avanços neste campo. É uma tecnologia versátil, que pode ser aplicada em diferentes áreas médicas, como a odontologia, a traumatologia, a oftalmologia e até a medicina estética. E agora, graças ao IVI Regenera, esse plasma pode se tornar também uma nova técnica para a medicina reprodutiva.
“O plasma rico em fatores de crescimento (PRGF), tem um efeito positivo a um curto prazo de tempo. E, em termos de eficácia, segurança e invasividade, traz riscos mínimos para a paciente. Com base nos estudos que realizamos, acreditamos que resultados muito promissores podem ser alcançados com o uso de PRGF nos órgãos reprodutivos. Isso representa um grande avanço no aumento de casos de sucesso na reprodução assistida, principalmente, no caso de pacientes com prognóstico difícil”, explica o Dr. Antonio Requena, diretor médico do grupo IVI.
Assim, iniciaram-se os experimentos com o plasma rico em fatores de crescimento. Após muitos estudos nasceu o IVI Regenera, uma clara aposta do IVI em incorporar a utilização do PRGF.
O PRGF também o sistema reprodutor
Além de ser uma alternativa viável para mulheres com prognóstico reprodutivo difícil, é uma tecnologia pioneira no campo da reprodução assistida, e que oferece resultados animadores. Principalmente no tratamento de casos de endométrio refratário, falência ovariana prematura e baixa reserva ovariana.
“Esta tecnologia baseia-se nos princípios da medicina regenerativa. Ela visa restaurar ‘o ambiente biológico’, assim, os processos de regeneração do próprio organismo são imitados, e consequentemente, acelerados. Por meio desse tratamento, os fatores de crescimento são obtidos a partir do plasma sanguíneo da própria paciente. Posteriormente, são aplicados no endométrio da mesma ou, numa fase posterior, nos seus ovários, para assim, regenerá-los”, explica o Dr. Requena.
É um processo autólogo (quando se utiliza tecido ou órgão do próprio indivíduo), que utiliza o material biológico da paciente, e evita possíveis problemas de compatibilidade. Por conta disso, o IVI Regenera se trata de uma técnica indolor, rápida, segura e com grandes garantias de sucesso. E que ainda traz uma nova esperança para as pacientes.
IVI Regenera para o Endométrio
Como já foi dito anteriormente, o PRGF pode ser aplicado no endométrio nos casos em que o órgão não atinge a espessura necessária para hospedar uma gravidez. Este fenômeno na medicina reprodutiva chama-se endométrio refratário.
“Sabemos que as condições endometriais ideais são necessárias para a implantação do embrião. Portanto, o estado do endométrio pode afetar o resultado de um ciclo de fertilização in vitro (FIV)”, acrescenta o médico.
Através do IVI Regenera Endo é possível regenerar o endométrio da mulher. O desenvolvimento desse processo permite que o endométrio alcance a espessura necessária para favorecer a implantação do embrião.
IVI Regenera para o Ovário
Da mesma forma, o uso do PRGF também apresentou ótimos resultados em sua aplicação no ovário. Nesse sentido, é uma alternativa muito útil para pacientes com insuficiência ovariana prematura ou baixa reserva ovariana.
“O denominador comum das pacientes diagnosticadas com falência ovariana é que elas não conseguem ovular, dado o número limitado de folículos primordiais que apresentam. Portanto, seu tratamento é considerado um desafio no contexto do tratamento de fertilidade. Algo semelhante acontece com mulheres com baixa reserva ovariana, onde a escassez de folículos que podem responder à estimulação ovariana resulta em baixo desempenho oocitário e alta taxa de cancelamento após o tratamento de reprodução assistida”, conclui Requena.
O IVI Regenera Ovario consiste na injeção de plasma enriquecido com fatores de crescimento no ovário. Graças a isso, as pacientes têm uma nova e eficaz alternativa nos tratamentos de reprodução assistida.
O IVI Regenera Ovário é uma segunda fase, que virá logo após o IVI Regenera Endométrio. Isso vai permitir a restauração e reparação dos processos fisiológicos que afetam o recrutamento folicular, auxiliando na recuperação da função ovariana.
A Medicina Regenerativa
A medicina regenerativa é uma área emergente da medicina. Ela visa substituir tecidos ou órgãos que se danificaram por alguma doença, trauma ou problemas congênitos. Diferente da estratégia clínica atual, que se concentra, principalmente, no tratamento dos sintomas.
As ferramentas usadas para obter resultados fazem parte da engenharia de tecidos, terapias celulares e dispositivos médicos e órgãos artificiais. As técnicas implantadas pela medicina regenerativa propõem o estímulo de fatores de crescimento do próprio indivíduo.
Assim, com o uso de células tronco embrionárias e outras tecnologias, como a de biomateriais projetados e edição de genes, é possível reparar ou substituir: células, tecidos ou órgãos danificados.
A medicina regenerativa nasceu no ano de 1997, quando uma equipe de cientistas propôs integrar o plasma rico em plaquetas (PRP) na cola de fibrina. Após um ano, em 1998, demonstrou-se que o PRP era capaz de induzir a regeneração óssea da mandíbula.
No mesmo período, foi descoberto que uma fração das células-tronco originárias da medula óssea conseguiria reparar vários tecidos ou células mesenquimais. Por causa disso, a medicina regenerativa se baseia no emprego de células-tronco com potencial de diferenciação multipotente e/ou produtos biológicos (como o PRP).
Mas por quê? Porque eles têm a capacidade de induzir a migração de células-tronco para o tecido. Estimulando assim a sua proliferação e, eventualmente, alcançando o reparo dos tecidos danificados, e promovendo maior qualidade de vida aos pacientes.
A medicina regenerativa reúne especialistas em medicina, biologia, química, ciência da computação, engenharia, genética, robótica, e outras áreas da ciência. Juntos, eles conseguem encontrar soluções para alguns problemas médicos desafiadores enfrentados pela humanidade. A intenção é utilizar os recursos do corpo humano para obter a própria cura e a autorregeneração.
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