Existe um fascínio generalizado sobre as crianças gêmeas, é um fato. Quando vemos gêmeos, isto sempre chama nossa atenção positivamente. Para as pessoas em tratamento de Reprodução Humana, a preferência por ter gêmeos acompanha outros sentimentos como ter dois filhos de uma vez e desta forma não realizar um novo tratamento para ter o segundo filho; estudos recentes realizados pelo IVI confirmam esta teoria. No entanto, o objetivo dos médicos é sempre conseguir uma gravidez única, o que significa menor risco para mãe e bebê.
A gravidez múltipla em tratamentos de reprodução humana já foi grande, mas novas técnicas para superar a infertilidade reduziram muito este risco. Atualmente a probabilidade de ter gêmeos através destas técnicas chega a 30%, enquanto de forma espontânea alcança 2%. O caminho da tecnologia avançada em medicina reprodutiva é aproximar-se da realidade de uma gravidez espontânea com tratamentos que se aproximem ao natural. Neste sentido, sempre que possível o IVI aposta pela transferência de um único embrião ao útero materno (SET), da sigla em inglês Single Embryo Transfer.
“A SET hoje em dia é possível porque temos tecnologia para observar a evolução dos embriões e selecionar aquele que será um bebê saudável, aumentando a taxa de gestações únicas”, garante Dra. Genevieve Coelho, especialista em reprodução humana e diretora do IVI Salvador. Com o mesmo propósito de reduzir o risco de gravidez múltipla, existe uma norma do Conselho Federal de Medicina brasileiro que estabelece um número máximo de embriões a serem transferidos dependendo da idade da paciente.
Riscos de engravidar de gêmeos
O principal risco para mãe e filhos em uma gravidez de gêmeos é o parto prematuro, ou seja, dar a luz antes da semana 37, circunstância que ocorre em mais da metade dos casos deste tipo de gravidez independente da gravidez ser espontânea ou por tratamento de reprodução humana. “Além disso, a necessidade de cesárea é muito mais frequente, aumentando também os riscos de complicações como hipertensão, excesso de líquido amniótico e diabete gestacional.” – alerta Dra. Genevieve.
Por que os casais preferem ter gêmeos?
O IVI apresentou durante a edição 2014 do Congresso da Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia (ESHRE) um estudo que revela que os casais em tratamento de fertilidade preferem realizar a transferência de dois embriões ao útero materno; assumindo os riscos que uma gravidez de gêmeos supõe para mãe e filhos.
Duas pesquisas foram realizadas sobre esta questão. Na primeira, foram entrevistados 399 casais em tratamento de reprodução humana antes da realização da transferência embrionária. O estudo revelou 58,2% de preferência em obter uma gravidez gemear.
“A maioria dos casais que preferiam gêmeos justificavam este desejo como forma de evitar um novo tratamento para ter um segundo filho (61,6%) e também existe uma grande parte de pacientes que acreditam que terão mais chances de gravidez transferindo mais de um embrião” – explica Dra. Diana Guerra, psicóloga do IVI e coautora da segunda pesquisa que completa o estudo apresentado durante o Congresso.
2 Comentários
eu também prefiro optar por gemeos
Olá Magda,
Qual é o motivo de sua preferência? Compartilhe conosco 🙂