Quem faz um teste de gravidez espera que o resultado seja, no mínimo, confiável e exato. Com as facilidades advindas dos avanços na ciência, cada vez mais, as pessoas tem tido autonomia nos diagnósticos rápidos. Hoje, a suspeita de uma gravidez, por exemplo, pode ser atestada em casa através de um simples teste de farmácia. Esse feito era algo impossível há algumas décadas.
Os testes de gravidez, facilmente encontrados em farmácias, detectam a partir da urina os níveis do beta-hHG, ou gonadotrofina coriônica humana. A presença da substância, conhecida como o hormônio da gravidez, no corpo feminino, pode ser identificada assim que o ciclo gestacional se inicia. O hormônio é responsável por nutrir o óvulo após ele ser fertilizado e ficar ligado à parede uterina. Ele é produzido por células formadas na placenta. Desse modo, a detecção do hCG na urina vai levar a um resultado positivo na realização do teste.
Apesar de o recurso atingir uma precisão superior a 99%, a probabilidade dos resultados apresentarem alterações ainda é uma realidade. Embora não seja muito comum, há casos em que o teste chega a indicar resultado positivo, mesmo sem a mulher estar grávida. Segundo especialistas, a causa dos falsos positivos pode estar relacionada a diversos fatores. Entre os motivos, podem estar o uso incorreto dos testes ou problemas na produção de hormônios em determinado organismo feminino.
Alterações no teste que podem levar a um falso positivo e como se prevenir
Para não ter dúvidas na hora de analisar um resultado de um teste, é preciso se atentar para algumas questões. Uma delas, a mais comum, está relacionada à negligência na utilização do produto, especialmente pela falta de atenção às recomendações do fabricante. É importante seguir todas as instruções corretamente para a obtenção de um resultado mais preciso.
A validade do teste é um ponto relevante a ser observado. Esse fator que pode acabar passando despercebido. Nesse sentido, o uso do produto após sua data de vencimento pode gerar alterações no diagnóstico. Outra condição que pode induzir ao falso positivo ocorre no momento em que o teste está sendo manipulado. Principalmente se as mãos estiverem molhadas, com resquícios de sabão ou detergente. Essas substâncias, em contato com o coletor e o teste, podem gerar um resultado impreciso.
Voltar a verificar o teste muito tempo depois do período indicado nas instruções do fabricante também pode indicar falsos positivos. Portanto, caso haja dúvidas acerca do primeiro resultado, é indicado a realização de um novo teste. Além disso, na tentativa de diminuir as possibilidades de falha no diagnóstico, é recomendado que a abertura do teste seja feita apenas no momento do seu uso. Isso vai evitar que a umidade do ar entre em contato e o produto seja afetado.
O uso de medicamentos podem elevar os níveis de hCG no organismo
Um alerta importante quando o assunto são os falso positivos, vem dos profissionais da área de reprodução humana. Geralmente os níveis de hCG elevados no organismo são um forte indicativo para uma gravidez. No entanto, existem algumas substâncias medicamentosas que também são capazes de aumentar o nível do hormônio e gerar o resultado equivocado.
O mais habitual é que isso aconteça em casos onde a mulher está passando por tratamentos de reprodução assistida . Nesses casos são utilizadas injeções do hormônio para a liberação dos óvulos, maturação do folículo e/ ou implantação do embrião na mulher. Para evitar que ocorram alterações no resultado, o ideal é que o teste de urina não seja realizado antes dos 15 dias após a injeção.
Além disso, o uso de alguns medicamentos como anticonvulsivantes, tranquilizantes ou diuréticos também podem ocasionar alterações no teste. Desse modo, a orientação é sempre se atentar às informações contidas na bula dos medicamentos. Sempre priorizar a ida a um laboratório especializado.
O falso positivo nos casos de doenças raras e dos períodos pós-gestacionais
Estudos apontam que outras situações que podem estar associadas ao falso positivo são as que envolvem doenças raras. Principalmente aquelas doenças em que a taxa de hCG no organismo fica elevada. Isso acontece no caso da deficiência de Iga, mola hidatiforme e alguns tipos de melanomas e carcinomas, a exemplo, o câncer de mama. As pesquisas indicam ainda que grandes alterações nos índices de proteína ou a presença de sangue também podem afetar o resultado.
Nos períodos pós-gestação e pós-aborto também é comum detectar um aumento nos níveis do beta-hCG. Tudo porque há um tempo mínimo até que a substância se normalize no organismo feminino, após essas ocorrências.
Método seguro na hora de saber o resultado do teste de gravidez
O sonho de ser mãe sempre é motivo de grandes expectativas por cada fase do ciclo gestacional. Até mesmo antes, no planejamento da chegada de um filho ou filha. Na hora de realizar um teste para confirmar uma possível gravidez, o nervosismo pode pairar, mas o grande protagonista é sempre o resultado. A busca por métodos de avaliação seguros e confiáveis é sempre unânime, mesmo entre aquelas mulheres que não querem um resultado positivo.
Os especialistas da área de reprodução reforçam que o modo mais seguro e confiável de avaliação dos níveis do hormônio hCG continua sendo o teste de sangue realizado em laboratório. Além de reduzir as chances de possíveis alterações, o profissional da área pode identificar se existem interferentes que estejam elevando o beta hCG no organismo da mulher, que possam levar a um falso positivo.
Na realização do exame sanguíneo, as alterações nos níveis do hormônio hCG no organismo podem ser identificadas cerca de 11 dias após a concepção, ou após o atraso menstrual. O resultado laboratorial aponta para um positivo quando os valores do beta-hCG são superiores a 5,0 mlU/ml. No teste de urina, o tempo para detecção de uma gravidez pode variar entre 12 e 14 dias.
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