Zinco: qual sua importância para fertilidade?

Comitê Editorial IVI Salvador

Ter uma alimentação balanceada e praticar exercícios físicos é primordial para quem deseja uma vida saudável. Para o bom funcionamento do organismo, é necessário ingerir diversos nutrientes, como vitaminas e minerais. Um deles é o zinco. Essa necessidade é ainda mais importante para aquelas mulheres que tentam engravidar. Ou seja, para a fertilidade.

O zinco é um mineral fundamental para a saúde, porque participa da atividade de mais de 300 enzimas e atua na formação de proteínas, mantendo as funções do cérebro e do sistema imunológico, e melhorando a cicatrização de feridas, por exemplo. Mas não para por aí…

Muita gente não sabe, mas a falta de zinco pode afetar também a fertilidade. Os estudos apontam que a deficiência deste mineral pode afetar a fertilidade tanto da mulher quanto do homem.

A falta de zinco interfere nas primeiras etapas de desenvolvimento do óvulo, reduzindo a sua capacidade de divisão celular para ser fertilizado. Um estudo da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, mostrou que a falta de zinco prejudicou a capacidade do oócito em se dividir adequadamente.

Esse, por sua vez, é um passo necessário para que a fertilização seja bem sucedida. Foi constatado também que o zinco desempenha um papel importante no crescimento do óvulo. 

Um outro efeito marcante da deficiência de zinco em seres humanos é o desenvolvimento do hipogonadismo. Nessa condição, há uma diminuição da função das gônadas (ovários ou testículos), que por sua vez têm duas funções principais: produzir hormônios sexuais; e produzir os óvulos ou espermatozoides. 

Para que serve?

O zinco ganha um destaque especial quando nos referimos ao fortalecimento do sistema imunológico, pois tem ação de defesa contra vírus e bactérias.

A presença dele no organismo é essencial para que nosso corpo continue funcionando de maneira eficiente.

Segundo informações da Organização Mundial da Saúde (OMS), pessoas que sofrem com a falta de zinco têm maiores chances de sofrer com a baixa imunidade e como consequência, passam mais tempo doentes se comparadas com quem faz a ingestão adequada do mineral.

Além de ter influência no sistema imunológico, ele também possui ação antioxidante, neutralizando os efeitos dos radicais livres. Em excesso no organismo, os radicais livres pode danificar as células, causando doenças, lesões e envelhecimento precoce.

De uma forma geral, o zinco proporciona benefícios diretos para os sistemas imunitário, respiratório, performance desportiva, crescimento e desenvolvimento, além de ter influencia na vida sexual.

Zinco para mulheres

Nas mulheres, o zinco desempenha papel no desenvolvimento sexual, na ovulação e no ciclo menstrual.

Os estudos mostram que a deficiência de zinco em mulheres pode resultar em desinteresse sexual e anovulação, o que interfere diretamente nas taxas de gravidez.

“Quando atendemos tentantes, o primeiro passo é realizar uma anamnese detalhada e solicitar exames para identificar todos os fatores que possam estar promovendo a infertilidade”, explica a Dra. Tirza Ramos, médica especialista do IVI Salvador.

Em estudos realizados em fêmeas de algumas espécies de animais, já ficou evidenciado que a deficiência de zinco é associada a ciclos menstruais irregulares e com menores taxas de gravidez.

Riscos de baixo zinco para o homem 

A falta de zinco afeta apenas a fertilidade feminina.

No organismo masculino, o mineral é necessário para o crescimento saudável dos órgãos reprodutivos e do funcionamento saudável da próstata.

O zinco interfere em praticamente todos os aspectos da reprodução masculina, incluindo o metabolismo hormonal, a formação e a motilidade do espermatozoide.

Nos homens, baixos níveis de zinco têm sido correlacionados com atraso na maturação sexual; alterações no tamanho da próstata; atrofia testicular; redução dos níveis de testosterona, impotência sexual, baixa contagem de espermatozoides e diminuição do potencial de fertilidade;

Para prevenir e até mesmo tratar todos esses problemas, o indicado é uma alimentação rica em zinco, que fornece as quantidades diárias exigidas pelo nosso corpo para protegê-lo. 

Alimentos ricos em zinco 

O zinco pode ser ingerido através de uma dieta equilibrada. Alimentos ricos neste mineral, como frutos do mar, carnes e leguminosas, são capazes de fornecer as quantidades diárias que nosso corpo precisa para ficar protegido.

Uma dieta que inclui ainda o consumo de oleaginosas, a exemplo das nozes e castanhas, já ajuda o nosso sistema imunológico a funcionar melhor.

Outras opções de alimentos que são reservas desse importante mineral são leguminosas como feijão, grão-de-bico e ervilhas frescas; oleaginosas como a castanha-do-pará, castanha de caju, amêndoas, amendoim, linhaça e semente de abóbora; nozes, aveia, chocolate 70 -85% e proteínas de origem animal como carnes e frutos do mar.

Vale lembrar que em alguns casos específicos, apenas a alimentação não consegue fornecer ao corpo a quantidade necessária de zinco. Paciente portadores de transtornos como diabetes, alguns transtornos alimentares, doenças intestinais e doenças renais, costumam precisar de suplementos de zinco para compensar a falta desse mineral.

Vale ressaltar que a suplementação deve sempre ser realizada por um profissional capacitado.