A pandemia do novo coronavírus trouxe problemas que continuam afetando diretamente as pessoas ao redor do mundo. A lista é grande e trouxe dúvidas também para as mulheres: como saber se o coronavírus impacta na reserva ovariana?
Esse é apenas um dos questionamentos e problemas que a pandemia espalhou pelo planeta. Podemos citar ainda isolamento social, crise econômica, perda da liberdade, ansiedade, depressão, insônia, adiamento na concretização de sonhos; entre outras coisas.
O quesito sonhos inclui os casais que enfrentam dificuldade para engravidar, pois a fertilidade feminina não para no tempo, ela continua ‘envelhecendo’.
Com a retomada das clínicas e centros de medicina reprodutiva, realizou-se estudos para descobrir se a fertilidade feminina pode ser afetada no caso de mulheres que foram infectadas pelo coronavírus. No grupo IVI, um estudo feito entre os meses de maio e junho de 2020, na sede da Espanha, mostrou resultados muito animadores.
Mulheres que foram acometidas pelo coronavírus participaram de estudo para saber se a reserva ovariana havia sido afetada. O estudo mostrou resultados animadores para as mulheres pós recuperação do covid. Essa pesquisa preliminar apontou que o coronavírus não afeta a fertilidade feminina. Um grande alívio para quem deseja se tornar mãe, e já foi infectada pelo vírus.
“De maio a junho de 2020, convidamos 46 pacientes de nossas clínicas IVI na Espanha para participar deste estudo, após a superação do Coronavírus. Todas elas tinham estudo prévio da anti-mulleriana (AMH), com no máximo 6 meses de antecedência. Os resultados desta pesquisa foram muito positivos, mostrando que o fato de ter passado pela doença não afetou o estado da reserva ovariana. Por isso, podemos supor que as chances de sucesso no tratamento reprodutivo permanecem intactas”, comentou o Dr. Antonio Requena, diretor médico do grupo IVI.
Detalhes do estudo: coronavírus x fertilidade feminina
Dividiu-se as mulheres participantes desse estudo em dois grupos, de acordo com seus níveis prévios do hormônio anti-mulleriano (AMH). Respostas baixas (16 pacientes), com média de idade de 38,6 anos; e respostas entre normal e alta (30 pacientes), com média de idade de 34,7 anos. Em nenhum dos dois grupos foi descoberto que a doença pudesse provocar diminuição na fertilidade. O que é muito encorajador para pacientes que já tinham uma reserva ovariana considerada baixa.
“Embora os resultados suscitem grandes esperanças para as mulheres que sofreram de COVID-19, no que diz respeito às previsões reprodutivas, são necessários mais dados para tirar conclusões firmes, por isso será essencial aumentar o tamanho da amostra para verificar se os resultados permanecem nesta mesma linha”, conclui Dr. Requena.
Ainda não existe uma resolução definitiva para a pandemia. Mesmo porque alguns países ainda enfrentam uma “segunda onda” de infecção pela COVID-19, mesmo em meio ao processo de vacinação. O mais importante é procurar uma equipe médica qualificada para esclarecer dúvidas e obter informações relacionadas à infertilidade e gravidez, especialmente nesse contexto atual.
“Faz parte da premissa do grupo IVI sempre realizar estudos para entender melhor o contexto do mundo atual e oferecer mais segurança para as nossas pacientes. Um dos pilares do grupo é a pesquisa, assim os dados estão sempre atualizados diante das circunstâncias como a que estamos vivendo”, diz a Diretora Médica do IVI Salvador, Dra. Genevieve Coelho.
Quem é o coronavírus?
Os primeiros vírus humanos foram isolados pela primeira vez no ano de 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, que apresentou o aspecto como o de uma coroa. Traduzindo coroa do espanhol, corona.
Dois subtipos estão relacionados a doenças respiratórias graves: o coronavírus da síndrome respiratória aguda grave (SARS-CoV) e o coronavírus da síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS-CoV). Ambos podem infectar mulheres grávidas.
O coronavírus é uma família de vírus que desenvolve infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em dezembro de 2019, após alguns casos registrados na cidade Wuhan, na China. Em seres humanos, acreditava-se serem causadores de doenças respiratórias leves, como resfriados.
O vírus é muito mais que um resfriado
Com o tempo, muitas mortes se confirmaram por causa da infecção provocada pelo vírus. Muitas vidas chegaram ao fim na luta contra o coronavírus. O mundo inteiro se viu num estado de alerta máximo e luto por tantos familiares e amigos que perderam a batalha contra a covid-19.
Mas graças a todo o aparato tecnológico existente nos laboratórios, e aos cientistas do mundo inteiro, já existem vacinas aprovadas e em uso para esses novos coronavírus, com objetivo de tentar conter a disseminação – e consequente mutação do vírus.
Muitas pessoas já se vacinaram e estão imunizadas. O que já é um sopro de esperança na luta contra esse inimigo que vem sendo disseminado.
Porém, mesmo com a vacinação, muitos cuidados ainda serão necessários durante um bom tempo. Recomenda-se sempre e em qualquer ambiente, usar máscara. Evitar aglomerações, contato com pessoas com febre, e com pessoas que apresentem sintomas de infecção respiratória.
Manter as mãos sempre higienizadas, lavar com frequência ou utilizar o álcool em gel. Evitar o contato delas com a boca, o nariz e os olhos. Se tiver vontade de espirrar ou tossir, cubra com um lenço de papel e lave as mãos novamente.
Por mais que pareçam medidas simples, esses cuidados são de extrema importância. Essas são as medidas mais efetivas contra a disseminação do vírus.
A reprodução assistida e o coronavírus
As mulheres que estão realizando algum tratamento da medicina reprodutiva para tentar engravidar, devem ter a mesma preocupação que as mulheres que engravidaram pelo método natural.
Até o momento, não existem evidências da transmissão desse tipo de vírus por meio de tratamentos de reprodução assistida. Portanto, o casal pode continuar ou iniciar seu tratamento sem receios.
No IVI Salvador, existe uma total atenção às informações publicadas pelas autoridades de saúde para adaptar todos os protocolos, e garantir a segurança dos pacientes e funcionários. Assim não é necessário interromper, tampouco adiar o tratamento de reprodução assistida por conta da pandemia instalada no mundo.
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