Um dia para celebrar a mulher. O 8 de março, Dia Internacional da Mulher, se tornou símbolo internacional de uma luta por igualdade de direitos. Um dia para buscar ainda mais afirmação. Tudo começou com uma luta operária, em 26 de fevereiro de 1909, na cidade de Nova York, quando aconteceu uma grande passeata que reuniu 15 mil mulheres.
Na pauta, melhores condições de trabalho e a luta pela igualdade de direitos civis, incluindo a consideração do voto feminino. Mais de 100 anos se passaram, muita coisa mudou de lá para cá. E muita coisa ainda precisa mudar.
Mulheres conquistaram vez, voz e ditam cada vez mais suas regras. Sem abrir mão de seus sonhos, desde os mais singelos até, por exemplo, o sonho da maternidade. Março se tornou, ano após ano, um mês para refletir sobre a luta da mulher na sociedade. E segue sendo um período fundamental para o debate.
Dia Internacional da Mulher: quando o assunto é ser mãe!
Já é fato reconhecido por todos, que as mulheres nascem com um “estoque” finito de óvulos. Eles vão sendo liberados ao longo dos ciclos da vida. E elas não produzem mais nenhum após o seu nascimento. Por conta disso, a qualidade dos óvulos também vai diminuindo com a idade. Quanto mais o tempo passa, menor tende a ser a capacidade de fertilidade da mulher.
Infelizmente, é como um relógio na regressiva. Quanto mais nova a mulher, mais fértil ela será. Com os passar dos anos, as taxas vão reduzindo expressivamente. E, se não bastasse o tempo como fator natural na redução da capacidade reprodutiva, a fila de violões é grande.
Entre os mais conhecidos, que colaboram com a infertilidade, estão: obesidade, tabagismo (fumo e cigarro), cafeína e bebida alcoólica em excesso, cotidiano estressante e sedentarismo. Esses são alguns dos itens que contribuem para a não realização do sonho de se tornar mãe. Na verdade, fatores que gerem alterações no funcionamento do organismo da mulher podem provocar problemas reprodutivos.
Mesmo com tantas conquistas – celebradas e muito lembradas nessa passagem do Dia Internacional da Mulher – ter um filho ainda pode ser uma realidade distante para algumas mulheres. A infertilidade já atinge 15% dos casais no mundo, segundo a OMS. No Brasil, o problema envolve cerca de 8 milhões de pessoas de acordo com o IBGE.
Adicionando mais alguns itens ao pacote, juntamos os riscos de uma gravidez para a mulher na faixa etária de 40 anos. Além de depender dos hábitos de vida e da saúde, se ela for portadora de doenças clínicas como diabetes e hipertensão, a gravidez pode apresentar alguma complicação.
O que fazer quando a baixa reserva ovariana é detectada?
Há uma grande evidencia de que alguns produtos químicos, assim como componentes naturais e artificiais da alimentação, possuem o poder de modificar o papel fisiológico dos hormônios. Alterando assim a biossíntese e metabolismo deles.
A dosagem do hormônio antimülleriano (AMH) é fundamental para avaliar a reserva ovariana na mulher. Por conta disso, quando é descoberta uma baixa reserva ovariana, é importante orientá-la sobre as chances de gravidez, e sobre as opções para a preservação da fertilidade.
Com o avanço da ciência, já é possível que a mulher se antecipe e preserve sua fertilidade. Na IVI Salvador, por exemplo, o programa Proteger colhe e congela as células reprodutivas, mantendo a qualidade delas no ato da coleta. Mesmo congeladas, elas se mantêm aptas a serem utilizadas a qualquer tempo posteriormente. Outra possibilidade realizar o procedimento de fertilização in vitro.
Neste sentido, mulheres abaixo de 35 anos podem recorrer à reprodução assistida para preservar a fertilidade. Para planejar a gestação, o mais indicado é procurar um médico especialista. Assim ele poderá analisar qual a técnica mais viável para preservar a fertilidade da paciente.
E planejar a gestação dessa forma, não precisa apenas ser uma opção devido a uma baixa reserva ovariana. Com a presença cada dia mais forte da mulher no mercado de trabalho (mais uma conquista a ser celebrada no Dia Internacional da Mulher), em postos de destaque, algumas delas resolvem adiar a maternidade. E a técnica de congelamento dos óvulos também as favorece. Em épocas de fortalecimento do feminismo, cada dia se torna mais comum adotar essa postura.
No Dia Internacional da Mulher, vale ressaltar a possibilidade da produção independente.
Com a evolução dos tempos, mulheres independentes e solteiras também puderam sonhar e planejar uma gravidez. A chamada “produção independente” é a maneira que algumas mulheres contam para engravidar sem a necessidade de um parceiro do sexo masculino. Mais uma realidade atual, a ser celebrada pela passagem do Dia Internacional da Mulher. E ela é possível graças ao avanço das técnicas de reprodução assistida.
Com o auxílio da ciência, tanto mulheres que não possuem parceiros, quanto casais homo afetivos podem realizar o sonho de ter filhos. Isso, a partir de uma produção independente. Nesse caso, o acompanhamento da gravidez começa bem antes dela acontecer, já no processo de gerar o embrião em um laboratório, ou seja, através da fertilização in vitro.
Como funciona a produção independente
Uma mulher, ou um casal de mulheres que desejam ter um filho sem a necessidade de um parceiro, vai precisar da ajuda de um banco de sêmen. Como o anonimato é a principal característica desse tipo de doação (a lei brasileira não permite que o laboratório revele a identidade do doador e, tampouco, que ele saiba para quem o seu material foi doado), existe a real garantia de que ele não será “parte da família”.
No processo, a mulher, e futura mãe, que optar por uma produção independente, conseguirá escolher algumas características do doador. É possível escolher características físicas como altura, cor dos cabelos, dos olhos e da pele. O tipo sanguíneo, profissão, origem étnica e até mesmo suas preferências de lazer.
Para os casais formados por duas mulheres, é preciso escolher ainda qual das duas futuras mães irá doar os óvulos e gestar o bebê. Caso nenhuma das parceiras possua problemas de infertilidade, é permitida a gestação compartilhada, ou seja, uma das mulheres irá doar os óvulos e a outra carregará o bebê.
Como a idade é um dos principais fatores que interferem na qualidade dos óvulos, é aconselhável que se opte pelo material da parceira mais jovem. A futura gestante, não deve ter problemas médicos como hipertensão, diabetes, obesidade ou epilepsia. A doação por parte de um parente das parceiras não é permitida.
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