A hiperprolactinemia é uma alteração hormonal relativamente pouco conhecida, mas que pode causar consequências bastante sérias tanto em homens quanto em mulheres que sofram do problema.
Entre alguns sinais que a alteração provoca, estão a redução da libido para ambos os sexos, a impotência nos homens e a infertilidade, no caso das mulheres.
Assim como a maior parte das doenças e problemas de saúde, os especialistas alertam que a descoberta precoce dessa condição é fundamental para o sucesso do tratamento.
“Entender seu corpo, realizar uma rotina de visitas e revisões médicas, é de fundamental importância para detectar que algo está errado e poder corrigir de modo precoce. Isso aumenta consideravelmente o potencial do tratamento e, em casos de doenças até mais graves, como um câncer, por exemplo, pode ser decisivo para o sucesso e alcançar a cura”, pondera o Dr. Fábio Vilela, médico do IVI Salvador.
Como a hiperprolactinemia se desenvolve
A hiperprolactinemia é uma anomalia causada pela produção elevada de prolactina, substância conhecida também como o hormônio do leite.
A prolactina é produzida pela hipófise, uma glândula que está localizada na parte inferior do cérebro, e que eleva a produção desse hormônio durante o período gestacional e do pós-parto.
Ao contrário do que muita gente pensa, embora seja causada pela produção elevada do “hormônio do leite”, a hiperprolactinemia pode atingir tanto mulheres quanto homens.
Em ambos os casos, as faixas etárias mais usuais em que o problema se verifica são a idade adulta e fértil, entre os 20 e os 50 anos.
O que pode causar a hiperprolactinemia
Vários fatores podem levar uma pessoa a apresentar a disfunção na produção da prolactina. Entre as causas mais comuns estão o hipotireoidismo primário, causado por um problema na tireoide, que impede a secreção dos hormônios desta glândula; a Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP); uma insuficiência renal ou até traumas ou lesões na região torácica ou ainda tumores da hipófise (macro e micro adenomas) então ente as principais causas.
Outros possíveis gatilhos para desencadear a hiperprolactinemia são o estímulo dos mamilos; um forte estresse psicológico; efeito colateral devido ao uso de alguns medicamentos específicos ou, claro, a gravidez e o período de lactação.
Para diagnosticar a condição, o médico especialista deve solicitar que o paciente faça um exame de sangue para medir o nível de prolactina presente.
Os sinais e sintomas da produção elevada de prolactina
Os principais sinais e sintomas em pacientes mulheres, com hiperprolactinemia, são infertilidade, falta de libido, menstruação irregular (oligomenorréia), ausência da menstruação (amenorreia); produção de leite sem gestação (galactorreia), osteoporose ou tumor da hipófise.
Níveis elevados de prolactina em homens podem levar a problemas de saúde, incluindo baixa libido, disfunção erétil, infertilidade e até mesmo ginecomastia, que é o crescimento anormal das mamas. Além disso, a hiperprolactinemia em homens pode levar a problemas neurológicos, como dores de cabeça e visão turva.
“Os sinais e sintomas da hiperprolactinemia são muito variados e podem se confundir com o de outros distúrbios e doenças. Isso reforça a importância de um acompanhamento e revisões frequentes com um médico. O ideal é que homens e mulheres façam revisões anuais e mantenham seus exames de rotina sempre atualizados”, explica o médico.
Os tratamentos para a hiperprolactinemia
Para definir o melhor tratamento, é preciso, inicialmente, descobrir qual é a causa do problema.
No caso de ser uma reação medicamentosa adversa, o médico poderá substituir ou suspender o uso do medicamento que pode estar causando a produção em excesso da prolectina.
Mas se a causa for um hipotireoidismo primário, pode ser indicada uma terapia para reposição do hormônio da tireoide que está provocando a hiperprolactinemia ou, no caso de tumores, pode ser necessária a realização de cirurgias.
De todo modo, como se trata de uma anomalia hormonal, é necessário o acompanhamento de um médico endocrinologista.
“Para definir o protocolo de tratamento, precisamos encontrar o que está desencadeando o problema. Precisaremos agir na causa, para trazer os níveis de prolactina de volta ao normal e, a partir daí, entender os próximos passos. De modo geral, após regularizar o índice da prolactina, a/o paciente volta a recuperar a fertilidade. A menos que a infertilidade não estivesse apenas ligada à hiperprolactinemia”, pondera.
A prolactina
A prolactina é um hormônio produzido pela adeno-hipófise, cuja função primordial em humanos é contribuir para o desenvolvimento e maturação da mama durante a gravidez e para a subsequente produção de leite durante a lactação.
Embora a prolactina seja mais frequentemente associada ao corpo feminino, ela também desempenha um papel importante no corpo masculino. Esse hormônio ajuda a regular a produção de testosterona, o hormônio sexual masculino, que é essencial para a saúde sexual e reprodutiva.
Os níveis de prolactina em homens são geralmente mais baixos do que em mulheres, mas ainda podem ser afetados por uma variedade de fatores, incluindo doenças da glândula pituitária, medicamentos e estresse.
Hiperprolactinemia e Infertilidade
A disfunção da prolactina é uma causa comum de infertilidade feminina e masculina, pois esse hormônio tem ação no eixo hipotálamo-hipofisário, e se aumentado gera uma diminuição na secreção dos hormônios Folículo Estimulante (FSH) e Luteinizante (LH), que estimulam tantos os ovários quanto os testículos.
Na mulher, a alteração hormonal pode causar distúrbio ovulatório e, por consequência, irregularidade menstrual e ainda, nos casos graves, amenorreia (ausência de menstruação) e infertilidade.
Para termos uma ideia, a hiperprolactinemia é responsável por 20 a 25% das amenorreias secundárias (ausência de menstruação, portanto, de ovulação).
Além disso, as alterações dos níveis de prolactina podem causar galactorréia (descarga de leite pelo mamilo), diminuição da libido, dor de cabeça e alteração na visão nos casos dos tumores.
No homem, a prolactina tem ação inibitória na produção de testosterona e, consequentemente, pode diminuir a libido, causar irritação emocional, fraqueza muscular, disfunção erétil e alteração no número e qualidade dos espermatozoides.
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