A maternidade independente passou a ser uma escolha. As transformações no mundo moderno acenderam uma luz bem forte sobre o tema “empoderamento feminino” e o poder das mulheres, de tomar decisões da forma que consideram melhor.
“Do mesmo jeito que algumas mulheres optam por não ter filhos, outras decidem tê-los mesmo que não exista a estrutura de uma família tradicional. Ou, de um amor romântico. Assim, a maternidade independente não é um objetivo de vida, e sim uma opção de exercer o dom de ser mãe, mesmo que fora do jeito dito tradicional”, explica o médico do IVI Salvador, Dr. Fábio Vilela.
Podemos então enxergar a maternidade independente como mais um jeito diferente de formar uma família. Uma experiência que com certeza exige coragem e ajuda da ciência e da tecnologia. E, quando a idade e o desejo nos motivam, nada pode frear nossos sonhos.
A evolução das famílias com a maternidade independente
Anos atrás, foram criadas leis que mudaram o planejamento familiar. O divórcio passou a ser permitido, para talvez depois se formar outros casais e famílias reconstituídas. Além disso, a adoção e a reprodução assistida entraram na pauta das novas famílias.
E tudo isso permitiu uma série de transformações nas estruturas familiares.
A escolha pela maternidade independente é cada vez mais comum para as mulheres que desejam ter filhos sem a presença de um pai. As mulheres estão mais autossuficientes e independentes. E, atualmente, é muito comum priorizarem a carreira, e deixar o sonho da maternidade para mais tarde. Quando a vida estiver mais organizada e financeiramente estável.
Fatores que levam à maternidade independente
Além da carreira, como já mencionado, existem inúmeros motivos para que uma mulher decida assumir a maternidade independente. A ausência de um “parceiro ideal” conta muito também.
Com isso, o desejo de ser mãe tem levado um grande número de mulheres solteiras a optarem pela corajosa jornada apelidada de “produção independente”.
Ter filhos nos dias de hoje, não significa necessariamente ter um companheiro ao lado. Graças às técnicas de reprodução assistida, uma mulher pode realizar o sonho de se tornar mãe. E muitas delas formam a sua família e criam uma criança sozinha. Independente dos desafios que serão enfrentados.
O que você precisa saber sobre a Maternidade Independente
Naturalmente, com o passar dos anos, a fertilidade da mulher tende a diminuir. Mas, ainda assim, ela tem a possibilidade de adiar uma gravidez com a ajuda de determinados procedimentos. Graças ao avanço da medicina e das técnicas da reprodução humana assistida, existem algumas alternativas que podem tornar tudo isso uma realidade.
Inclusive uma maternidade independente. Uma coisa é fato: a cada dia, as mulheres estão mais autossuficientes.
Toda mulher tem o direito de recorrer a um banco de doação de sêmen para que possa conceber um filho e exercer a maternidade independente. O que acaba permitindo toda uma liberdade durante a maternidade. Da mesma forma funciona para casais homoafetivos formados por mulheres.
Passo a passo para realizar o sonho
Após decidir encarar a jornada de ser mãe com a ausência de um pai, é necessário que a mulher realize exames para checar toda a sua saúde geral e reprodutiva. A mulher parte para uma avaliação hormonal e exames para detecção de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). Depois faz ultrassom do útero e dos ovários, e uma checagem das trompas uterinas.
Ainda assim, dependendo de cada situação e histórico da mulher, outros exames são solicitados para verificar a reserva ovariana. No entanto, caso a mulher esteja impossibilitada de passar pela gestação, ainda assim é possível recorrer a uma barriga solidária. Também conhecida como útero de substituição.
Medicina reprodutiva e a maternidade independente
Para realização da produção independente, além dos exames da mulher, é necessária a aquisição de um banco de sêmen. Podendo ser de um doador nacional ou internacional. A futura mãe pode escolher as características que mais lhe agradam no doador. Como, por exemplo, cor do cabelo e dos olhos; peso e altura; etnia. Assim, a criança pode herdar características geneticamente mais compatíveis com o que a mãe procura.
Após os primeiros passos, o médico assistente indica o melhor tratamento. As opções possíveis são: inseminação artificial (IA) ou fertilização in vitro (FIV).
Maternidade independente e o aspecto emocional
Domingo: a invasão dos filhos nas cobertas, café da manhã, a participação do marido e pai que organizou tudo. Essa costuma ser a ideia que muitos de nós têm sobre família. A cena é bonita e carregada de sentimentos. Mas, esse tipo de realidade se apresenta com mais frequência nos filmes do que na vida real.
Não que isso não aconteça. Mas para algumas mães, a rotina de criar um filho não é tão cinematográfica. Neste cenário real não existe pai e tudo fica por conta da mãe. Mas, o estado civil não diz nada sobre a capacidade de uma mulher ser uma boa mãe.
O fato de uma mãe ser independente não significa que ela precise valer por dois ou que precise da conta de tudo sozinha. Atualmente existem coletivos e organizações que visam formar uma rede de apoio a mulheres que optaram pela maternidade independente. Além do apoio da família e dos amigos.
Nestes grupos é possível receber acolhimento, trocar experiências, receber orientações, encontrar respostas, se conectar com outras pessoas e se fortalecer.
Cada pessoa tem sua individualidade, inclusive na hora de criar seus filhos. Não existe melhor ou pior, apenas o jeito de cada um. Acima de tudo, se orgulhe dos seus feitos! Não apenas por ter trazido uma vida ao mundo, sozinha. Mas por tantas vezes ter suportado dificuldades, julgamentos e privações por amor aos seus filhos.
Pensando na realização do sonho dessas mulheres, o IVI Salvador lançou um guia: A melhor decisão. Você pode baixar gratuitamente e esclarecer suas dúvidas sobre esse novo formato de família.
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