Sangramento Intermenstrual

Comitê Editorial IVI Salvador

Sangramento intermenstrual ou escape intermenstrual ou sangramento de escape. Na prática, todos os três termos significam a mesma coisa e são utilizados pelos médicos para designar o sangramento vaginal que se verifica em pacientes, e que ocorrem entre um período menstrual e o outro.

De modo mais usual, é um sangramento em quantidade reduzida (se comparado ao fluxo menstrual) e, por isso, em alguns casos, as mulheres não levantam suspeita sobre anormalidades e seguem a vida como se nada tivesse ocorrido.

Existem inúmeras causas para o sangramento intermenstrual. Em algumas situações, o seu aparecimento pode ser considerado natural. É o caso de sangramentos após a realização de exames ginecológicos, por exemplo.

“Quando se torna insistente e abundante, é necessário procurar a avaliação de um médico especialista, para que se investigue o que, de fato, pode estar provocando esse escape de sangue. O médico vai solicitar exames e observar diversos aspectos que podem estar relacionados à situação”, conta a Dra. Isa Rocha, médica do IVI Salvador.

As possíveis causas do sangramento intermenstrual

São diversas as possíveis causas de um sangramento intermenstrual.

O sangramento pode acontecer, por exemplo, por conta das variações hormonais provocadas pelo período de adaptação a um novo medicamento contraceptivo. Nesses casos, costuma ocorrer nos primeiros dias de uso do novo método ou troca de pílula.

Também acontece por conta de variações hormonais que são normais durante a ovulação.

Um dos fatores mais comuns a todas as mulheres no dia a dia da atualidade, o estresse, também pode interferir. Períodos em que a mulher enfrenta altos níveis de estresse podem desequilibrar as atividades hormonais e causar o sangramento intermenstrual.

Pólipos uterinos, que são formações benignas de tecido no interior do útero também podem provocar o escape. Assim como infecções, sejam provocadas por fungos, bactérias ou parasitas. Essas infecções podem desencadear os sangramentos entre os períodos menstruais.

Muita gente não imagina, mas a gravidez também pode provocar esse tipo de sangramento. Nas fases iniciais da gravidez, a mulher pode sofrer com pequenos escapes de sangue e isso é normal e não necessariamente representa um alerta ou risco para o bebê.

Que sintomas podem acompanhar o sangramento intermenstrual?

A dor pélvica ou a cólica podem acompanhar o sangramento intermenstrual, quando ele ocorrer. Porém, nesses casos, um médico deve ser consultado.

Sangramentos vaginais em mulheres antes da puberdade ou após a menopausa também necessitam ser acompanhados de perto por um especialista, pois podem significar algo mais sério, que necessite de tratamento com brevidade.

Existe tratamento para o sangramento intermenstrual?

Sim, existe tratamento para o problema. Mas é importante salientar que nem sempre o sangramento intermenstrual requer algum tipo de tratamento.

No caso do processo de adaptação a um contraceptivo, por exemplo, pode ou não ser necessária a intervenção médica ou a mudança do método. De modo geral, o tratamento do sangramento intermenstrual vai depender da causa dessa condição.

Qual o médico adequado para resolver o problema? E quais exames são solicitados?

Se a mulher apresenta o sangramento intermenstrual, deve, normalmente, buscar auxílio de um médico ginecologista. Ele será o profissional capaz de tratar o sangramento ou, caso seja necessário, vai realizar o encaminhamento para um outro especialista, como o endocrinologista, se for essa a situação.

Para descobrir a causa do sangramento intermenstrual, além de conversar e entender o contexto clínico e histórico da paciente; o médico pode solicitar alguns exames para conformar o diagnóstico.

Quando o sangramento intermenstrual acontece de forma excessiva, o médico pode recomendar exames como o papanicolau (também conhecido como preventivo) e ultrassonografias, para auxiliar na identificação da causa do problema.

Sangramento intermenstrual x sangramento de implantação

O sangramento de implantação é um leve sangramento que acontece em algumas mulheres, de 10 a 14 dias após a concepção do bebê. Você pode pensar que é apenas uma menstruação leve, mas é um sinal precoce da gravidez. Não é perigoso e você não precisa de tratamento.

Ele ocorre quando o óvulo fecundado é implantado no útero e também é um tipo de sangramento intermenstrual, também conhecido como spotting. Em ambos os casos (sangramento de implantação ou sangramento intermenstrual), se referem a uma perda de sangue vaginal que ocorre entre os ciclos da menstruação.

A principal diferença entre o sangramento de implantação e o sangramento intermenstrual é a quantidade e a cor do sangue. No primeiro caso, o sangue é rosa claro ou marrom claro, em quantidade leve, de poucas gotas e dura entre dois e três dias. Já no segundo caso, o sangue pode ser de qualquer cor, pode vir em quantidade mais intensa e com duração mais contínua, entre quatro a sete dias.

Sangramento de ovulação

Sangramento de ovulação é um pequeno sangramento que, em algumas mulheres, pode ocorrer durante o período ovulatório – alguns dias antes da próxima menstruação.

Isso costuma ser decorrente de alterações hormonais características desse período e é considerado normal. O sangramento de ovulação é bem diferente do sangramento menstrual. Ele costuma ser discreto e dura cerca de dois dias.

Em relação à coloração, o sangramento de ovulação costuma ser rosado ou vermelho-claro. Porém, em algumas mulheres pode ser ligeiramente amarronzado.

O sangramento de ovulação é considerado normal e não exige nenhum tratamento específico. Mas se o sangramento for intenso, durar mais do que três dias e/ou for irregular e inconsistente, deve-se procurar um ginecologista. O sangramento de ovulação não apresenta relação direta com a fertilidade. Existem mulheres que ovulam e não conseguem engravidar por outros motivos.

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