Coronavirus: COVID-19

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Coronavirus: COVID-19 Coronavirus: COVID-19

Vacina contra COVID-19 e fertilidade: resolvemos todas as suas dúvidas

A pandemia do COVID-19 continua e, apesar da vacinação já ter avançado, o vírus e seus efeitos continuam gerando muitas dúvidas. Por esta razão, nós do IVI queremos resolver as dúvidas mais frequentes relacionadas com a vacina e a fertilidade.

 A vacina contra o COVID afeta a fertilidade?

Desde o início da vacinação surgiram muitas dúvidas sobre a vacinas e a fertilidade. Até agora, sabe-se que há momentos em que a vacina COVID poderia ter causado algum tipo de atraso na menstruação. Mas isso não afeta de forma alguma o tratamento de reprodução assistida, nem justifica postergar-lo. Além disso, os dados que temos, que publicamos e enviamos a vários congressos científicos, nos dizem que a resposta em mulheres com estimulação ovariana antes e depois da vacinação ou infecção pelo coronavírus não apresenta nenhuma alteração.

Devo esperar para fazer o tratamento de reprodução assistida após receber a vacina?

Não há razão para adiar o início do tratamento de fertilidade por causa da vacinação COVID-19. Deve ser lembrado que as vacinas baseadas em mRNA (as da Pfizer ou Moderna) estão sendo usadas agora na maioria das pessoas. Estas contêm um material que ajuda a produzir a proteína do vírus e a criar anticorpos. Por isso, em nenhum momento foi recomendado retardar o início de um ciclo, um tratamento ou a busca da gravidez de forma natural. Independentemente de quando a vacinação ocorre, o tratamento de fertilidade pode ser iniciado sem nenhum problema, já que no momento não há evidências científicas provando o contrário.

 E depois de passar a doença?

Não, a infecção por COVID-19 também não obriga o tratamento a ser adiado. Nessa situação, a única razão para atrasar o início do tratamento de fertilidade seria testar positivo para COVID. A indicação a seguir nestes casos é ditada pelas autoridades sanitárias correspondentes, relativamente ao período de quarentena, como para qualquer outra atividade. Assim que esse período de quarentena terminar, podemos iniciar qualquer tratamento de fertilidade.

 A vacina afeta a resposta ovariana e as taxas de gravidez?

Os dados que temos, coletados na literatura e em nossa própria pesquisa, mostram que tanto a resposta ovariana quanto as taxas de gravidez são semelhantes em mulheres antes e após a administração da vacina.

Deve-se lembrar que, desde o início da pandemia, nós investigamos para oferecer o máximo de informações sobre um vírus que era totalmente desconhecido. Assim, em 2021 publicamos um estudo realizado para descobrir se a infecção por COVID-19 afetou a reserva ovariana das mulheres. Este estudo foi realizado entre maio e junho de 2020, entre mulheres que fizeram exame de AMH e que superaram a doença. Os resultados foram claros e muito positivos: a infecção por COVID-19 não afeta a reserva ovariana. Isso se soma a outras publicações do grupo e novos trabalhos enviados para os congressos internacionais de reprodução assistida.

Portanto, desde que retomamos os tratamentos em nossas clínicas, não abandonamos as medidas máximas de proteção, tanto para os pacientes quanto para os funcionários. Desta forma, trabalhamos com normalidade e realizamos tratamentos normalmente, sem esquecer as medidas de proteção.

 

Vacina COVID-19 e gravidez

 

Como está a vacinação no Brasil?

A vacina contra COVID-19 já é uma realidade em nosso país. Desde 19 de janeiro de 2021, a vacina CoronaVac é fornecida no Brasil para grupo 1: profissionais de linha de frente de combate ao COVID e idosos acima dos 75 anos.

 

Qual é a incidência da vacina contra o coronavírus em mulheres grávidas?

Essa vacina é um medicamento novo, que ainda não foi testado em gestantes durante as fases do estudo para aprovação. O motivo de seu uso não ser recomendado em gestantes é única e exclusivamente porque ainda não há experiência com esse grupo populacional. Por outro lado, deve-se acrescentar que até o momento não há dados publicados sobre o efeito prejudicial do vírus em pacientes infectadas com COVID-19 durante o primeiro trimestre da gravidez.

As vacinas não são de vírus vivos e têm tecnologia conhecida e usada em outras vacinas que já fazem parte do calendário das gestantes como as vacinas do tétano, coqueluche e influenza.

 

Posso ser vacinado contra COVID-19 se estiver grávida?

O Ministério da Saúde recomenda o adiamento da vacinação da gestante até o final da gestação, por não haver evidências suficientes, embora também afirme que não há indícios de problemas de segurança relacionados à administração das doses em gestantes.

Portanto, caso uma mulher queira se vacinar contra o COVID-19 antes ou durante a gravidez, recomendamos que não sejam administradas vacinas que contenham vírus atenuados e que cada caso seja sempre discutido com o obstetra.

Por fim, enquanto aguardamos informações claras sobre segurança e eficácia das vacinas em gestantes e tentantes, talvez o mais prudente seja mesmo adiar a vacinação nesse grupo. Reforçamos a exceção para as pessoas mais vulneráveis, seja por motivo profissional ou de doença. Portanto, a decisão sobre a administração da vacina contra COVID-19 em gestantes deve ser feita de forma conscienciosa, equilibrando riscos e benefícios, junto com o médico assistente.

 

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