A infertilidade secundária nada mais é do que casais que enfrentam dificuldades para engravidar. Apesar de já terem filhos. Para esses casais o diagnóstico muitas vezes é incompreensivo. E, mesmo sendo um assunto delicado, sabe-se que muitos casais ao redor do mundo enfrentam o problema.
Por conta disso, se faz necessário conhecer o assunto para saber quando chega o momento de procurar um especialista e iniciar um tratamento. Muitas vezes esse diagnóstico tem menos aceitação que a infertilidade primária. Quando o casal tem dificuldades em engravidar do primeiro filho.
As mulheres, de um modo geral, se cobram muito, pois acreditam que seja um problema exclusivo delas. Porém, a causa da infertilidade secundária pode vir também do homem. A infertilidade secundária é mais comum do que se pensa. Portanto, não é necessário entrar em pânico.
O mais importante é realizar o acompanhamento com um especialista. Fazer os exames adequados e tratamentos que podem reverter a situação. Assim, realizar o sonho de aumentar ainda mais a família.
É importante reforçar que as causas podem vir da mulher ou do homem.
O que pode causar a infertilidade secundária na mulher?
As causas de uma infertilidade secundária são bem próximas da primária. A diferença é que a secundária somente aparece após a primeira gestação.
Em relação às mulheres, o problema pode estar relacionado a vários fatores. Inflamações das tubas uterinas, problemas na ovulação, alterações no endométrio, no útero, oscilações hormonais e endometriose. A idade traz um peso grande para a mulher. Já que seus óvulos envelhecem com o passar dos anos.
Além disso, mudanças radicais no estilo de vida entre uma gestação e a tentativa da outra, podem também influenciar na fertilidade. Fatores como estresse constante, uso excessivo de álcool, tabagismo, consumo de drogas e variações extremas de peso estão relacionados com o problema.
Infecções sexualmente transmissíveis também podem atrapalhar a segunda gestação. Vale destacar que algumas delas passam despercebidas, mas afetam os órgãos internos. É o caso da silenciosa infecção por clamídia. Se não tratada, ela causa uma inflamação pélvica que pode levar à infertilidade.
E quando pode atingir os homens?
Já nos homens, as causas podem ser problemas de motilidade e morfologia do espermatozoide. Muitas vezes provocados por alguma doença crônica (hipertensão ou diabetes). Ou uma concentração reduzida de espermatozoides no sêmen. Ou ainda a ausência deles (azoospermia). Alterações ao longo do aparelho reprodutor que dificultam o transporte do espermatozoide também entram nessa lista.
Além dos pontos listados acima, a idade e o estilo de vida do homem também podem levar a dificuldade em conceber outro filho. A alimentação, obesidade, tabagismo, álcool e outras drogas também entram na lista de itens agravantes dos homens.
O mais importante é que ao identificar estes pontos, é necessário procurar rapidamente a ajuda de um especialista que realize os exames necessários. E a partir daí ter a indicação do melhor tratamento para o casal.
Como identificar a infertilidade secundária
Após o casal passar por um período de tentativas e a gravidez não acontecer, é importante que ambos fiquem atentos para a existência de algum problema. Alguns fatores podem ajudar o casal a identificá-lo. Quando a mulher já tem 35 anos ou mais, seis meses tentando engravidar, e não consegue, já vale ligar o sinal de alerta. Se a mulher tem menos de 35 anos pode tentar por um ano.
Se o casal sofreu dois ou mais abortos espontâneos, é importante investigar. Existem várias razões que podem levar a interrupção de uma gravidez. Incluindo alterações anatômicas ou genéticas. E também questões hormonais ou relacionadas a fatores de coagulação. Estas precisam ser investigados e tratados de forma adequada.
Sintomas como ciclo menstrual irregular ou ausência de menstruação (amenorreia), bem como cólicas intensas devem ser avaliados. Eles podem indicar desde problemas hormonais, que dificultam ou impedem a ovulação, até a presença de doença inflamatória pélvica ou outras doenças na mulher, que podem causar dor, como a endometriose.
Um diagnóstico de infecção sexualmente transmissível no histórico do casal também pode ser fator de impedimento para uma nova gravidez. Mesmo que tenha sido no passado, é importante uma investigação mais aprofundada.
Quais os tratamentos mais indicados?
A investigação é praticamente a mesma da infertilidade primária. A mulher passa por exames hormonais, de ovulação e de ultrassom, que avaliam a estrutura do útero e das trompas, e verificam se há alguma anomalia nesta região. A histerossalpingografia é um exame que permite avaliar se há alguma anormalidade nas trompas.
Já no homem, o teste principal é o espermograma. Que analisa a quantidade e a qualidade do espermatozoide. Também vê como eles se movimentam e suas características físicas. Mas ambos devem realizar exames de sangue para verificar a presença de doenças pontuais.
A descoberta da causa faz toda a diferença no tratamento. E se for o caso de uma infecção, por exemplo, trata-se com medicação. Mas para cada caso, um diagnóstico e um tratamento. Para os casos mais graves, os especialistas podem recorrer aos procedimentos da reprodução assistida.
Eles podem ser de baixa ou alta complexidade. A indicação do tratamento depende de alguns fatores como idade da paciente, reserva ovariana, tempo de infertilidade e do diagnóstico.
A opção mais comum é a inseminação intrauterina, ou inseminação artificial. Que é uma técnica de complexidade baixa, em que se deposita os espermatozoides na cavidade uterina durante a ovulação da mulher.
Ou a Fertilização in Vitro (FIV), cuja fecundação é feita em laboratório e somente após a fecundação, o embrião é colocado no útero da mulher, sendo, portanto de alta complexidade. Mantém-se os gametas em temperatura e ambiente similar ao das trompas. Quando o processo evolui adequadamente, transfere-se os embriões para o útero da mãe.
Por isso a importância de procurar ajuda especializada quando um casal se deparar com o diagnóstico de infertilidade secundária. Isso vai ajudar a entender e a resolver melhor o problema.
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