A laparoscopia é uma técnica cirúrgica minimamente invasiva, que permite aos médicos visualizarem os órgãos internos; podendo tratar um problema ou doença sem a necessidade de grandes cortes na pele do paciente.
Essa técnica, que tem se tornado cada vez mais comum, é utilizada em diversos procedimentos, como cirurgias ginecológicas, abdominais e para o diagnóstico de certas condições.
Como uma técnica minimamente invasiva, ela normalmente está associada a uma recuperação mais rápida e efetiva no pós-cirúrgico, com menos efeitos. Por isso, uma volta à rotina de maneira mais rápida do que se comparada a cirurgias com necessidade de grandes cortes.
Como funciona a Laparoscopia
A técnica de laparoscopia é bastante simples. O cirurgião faz pequenas incisões na pele, geralmente no abdômen (no caso de tratamentos nessa região), e insere um laparoscópio, que é um tubo fino com uma câmera na ponta.
A câmera transmite as imagens do interior do corpo em alta definição para um monitor, permitindo que o médico veja, claramente, o que está acontecendo dentro do corpo da paciente.
Se necessário, instrumentos cirúrgicos podem ser inseridos através de outras pequenas incisões para realizar o procedimento. Dessa forma, o cirurgião consegue visualizar toda a movimentação interna com a ajuda do laparoscópio, sem a necessidade de realizar uma grande incisão.
As vantagens da Laparoscopia
Uma das principais vantagens da laparoscopia, como comentado, é o tempo de recuperação reduzido em comparação com a cirurgia tradicional aberta. Como as incisões são menores, há menos dor e menor risco de infecção também.
Além disso, as cicatrizes são menores – já que são incisões mínimas. E o tempo de internação no hospital é geralmente bem mais curto. “Hoje a laparoscopia é preferência, desde esteja dentro das possibilidades viáveis para um determinado tratamento. O conjunto de benefícios é muito bom e, além disso, permite ao médico uma visão mais nítida do problema”, explica a médica Andreia Garcia, do IVI Salvador.
As possíveis aplicações da Laparoscopia
Antes de mais nada, é importante destacar que a laparoscopia pode ser usada tanto para diagnóstico quanto para tratamento. Quando for realizada para diagnóstico, a Laparoscopia vai ajudar o corpo médico a confirmar um quadro ou despistar desconfianças à respeito de outras possíveis causas de um determinado problema.
Quando for para tratamento, além do laparoscópio por onde a câmera passa, os médicos utilizarão outras incisões para passar instrumentos, que auxiliarão no procedimento cirúrgico, com mais precisão e melhor visualização.
No campo da ginecologia, por exemplo, é amplamente utilizada para tratar endometriose, cistos ovarianos e fibromas uterinos, que são causas possíveis da infertilidade. Também é usada para procedimentos como histerectomia e laqueadura.
Mas sua utilização é muito ampla na medicina. Em outras áreas, pode ser utilizada para remover a vesícula biliar, apêndice ou até para tratar hérnias.
Laparoscopia e a Reprodução Assistida
A laparoscopia, também conhecida como videolaparoscopia, pode ser usada para diagnosticar e tratar doenças ginecológicas que podem levar à infertilidade. A técnica pode ser usada para melhorar a fertilidade e pode incluir intervenções no útero, nos ovários e nas tubas uterinas.
Por exemplo, a laparoscopia pode ser usada para liberar aderências nas trompas para viabilizar uma gravidez espontânea sem precisar de fertilização in vitro (FIV).
Mas também, a técnica pode ser recomendada após falhas repetidas de implantação embrionária em ciclos de FIV.
“Hoje ela é uma grande aliada da reprodução assistida e tem ajudado mulheres e casais a realizarem o sonho da maternidade”, conta Dra. Andreia.
Laparoscopia oferece riscos?
Embora a laparoscopia seja uma técnica segura e eficaz; como qualquer procedimento cirúrgico, ela não está isenta 100% de riscos.
Complicações, embora raras, podem incluir sangramento, infecção e danos aos órgãos internos. É importante discutir com o seu médico todas as opções disponíveis e os potenciais riscos antes de decidir pelo procedimento.
A recuperação
A recuperação da laparoscopia geralmente é rápida. Os pacientes são incentivados a se levantar e a caminhar o mais cedo possível, para ajudar no andamento do processo.
A maioria das pessoas pode retomar suas atividades normais dentro de, em média, uma semana. Nesse caso, vale sempre ressaltar que cada ser humano é diferente e o tempo de recuperação completo pode variar dependendo do tipo de cirurgia realizada, da pessoa, do histórico de saúde, entre tantos outros fatores.
“A laparoscopia representa um avanço significativo na cirurgia moderna, oferecendo uma alternativa menos invasiva e com recuperação mais rápida para diversos procedimentos. Por isso, a recuperação é um dos pontos fortes. Indicamos que cada paciente converse bastante com o seu médico, quando identifica que há um tratamento ou um diagnóstico a ser feito, que demande um procedimento deste tipo”, pontua a especialista.
No IVI Salvador, temos uma equipe multidisciplinar sempre preparada para te acolher. Seja qual for o seu caso, no IVI somos especialistas em medicina reprodutiva e cada tratamento é realizado de forma personalizada, de acordo com o diagnóstico de cada paciente. Graças a isso, já ajudamos mais de 250.000 bebês a nascer.
Se você deseja realizar o seu sonho de ser mãe ou pai, entre em contato com a gente através do (71) 3014-9999 ou nos envie uma mensagem através do Whatsapp (71) 99188-0336. Se preferir, preencha o formulário para marcar uma consulta no IVI e a nossa equipe irá te procurar.
Histórico e panorama da Laparoscopia no Brasil
A laparoscopia tem se tornado cada vez mais popular no Brasil desde os anos 1990, especialmente em procedimentos ginecológicos e cirurgias abdominais.
Os dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Laparoscópica e Robótica (Sobracil) indicam que milhares de procedimentos laparoscópicos são realizados anualmente no país, embora números exatos variem por região e hospital.
De acordo com a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), a laparoscopia é o método preferido para muitos procedimentos, como Miomas, Histerectomia, cistos, entre outros.
A técnica já representa um grande percentual considerando o cenário de cirurgias no país. Os estudos mostram que cerca de 20% a 30% das cirurgias ginecológicas realizadas em hospitais (tanto públicos quando privados) no Brasil são feitas por meio da técnica da laparoscopia.
Comentários estão fechados.